Durante os 21 anos em que esteve em vigor no Brasil (1964-1985), a ditadura militar chegou ao seu período mais restritivo após o decreto do Ato Institucional nº5, ou AI-5, em 1968. Além do fechamento do Congresso Nacional e das assembléias legislativas dos estados, o ato permitiu a cassação de mais 170 mandatos legislativos, instituiu a censura prévia da imprensa e de produções artísticas.
Através da música, vários artistas usavam metáforas e analogias para demonstrar insatisfação ao regime autoritário da época. Em algumas vezes, a crítica era até mesmo direta, sem floreios.
Departamentos do governo passaram a decidir se as letras das músicas poderiam ou não ser reproduzidas. Ao barrar composições usavam argumentos do tipo “fere a moral e os bons costumes” até simplesmente “falta de bom gosto”.
Através da censura, o governo viu uma possibilidade de abafar o grito de levante renomados nomes da música popular brasileira, um deles é: Caetano Veloso. Identificado como um subversivo, ficou dois meses preso em quartéis militares do Rio de Janeiro, de dezembro de 1968 a fevereiro de 1969.
Porém, ao lado de artistas como Gilberto Gil, Chico Buarque, Geraldo Vandré, Maria Bethânia, Rita Lee e outras personalidades, Caetano Veloso foi um dos maiores nomes da luta contra a ditadura militar no Brasil.
Abaixo estão algumas das músicas do cantor e compositor baiano que foram censuradas no período ditatorial: