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Marcos Maynard divulga documento que comprova sua inocĂȘncia em caso de fraude na EMI

  • Foto do escritor: Guilherme Moro
    Guilherme Moro
  • hĂĄ 52 minutos
  • 2 min de leitura

19 anos apĂłs ser afastado da presidĂȘncia da EMI Music Brasil por suspeita de envolvimento em uma fraude contĂĄbil, o executivo Marcos Maynard divulgou em suas redes sociais um documento que reconhece sua inocĂȘncia e a injustiça da demissĂŁo por justa causa.


A publicação foi feita em cumprimento a uma decisĂŁo do Tribunal Superior do Trabalho (TST) de fevereiro desta ano, que confirmou que Maynard nĂŁo teve participação nas irregularidades financeiras que motivaram sua dispensa em 2006. O comunicado da EMI, divulgado nesta semana, declara que a Justiça do Trabalho “entendeu como injusta a dispensa do Sr. Marcos Macedo Maynard e reconheceu a ausĂȘncia de sua participação nas manobras contĂĄbeis envolvendo a EMI Brasil veiculadas na mĂ­dia em outubro de 2006”.



Em 2006, a EMI, então uma das maiores gravadoras do mundo, anunciou a abertura de uma investigação interna após identificar fraudes nos resultados financeiros da subsidiåria brasileira, comandada à época por Marcos Maynard.


Segundo reportagens publicadas naquele ano, as inconsistĂȘncias teriam inflado artificialmente as vendas no Brasil, resultando em um impacto de atĂ© 12 milhĂ”es de libras (cerca de R$ 48 milhĂ”es) nos nĂșmeros globais do grupo.


Marcos Maynard em entrevista ao podcast Corredor 5
Marcos Maynard em entrevista ao podcast Corredor 5

A empresa comunicou Ă  matriz, em Londres, que havia encontrado “sĂ©rias inconsistĂȘncias nos registros contĂĄbeis e resultados financeiros” atribuĂ­das ao diretor vice-presidente financeiro e comercial. O entĂŁo presidente, Maynard, foi desligado por correspondĂȘncia, acusado de negligĂȘncia por nĂŁo ter reportado as movimentaçÔes irregulares.


A EMI alegou que o episódio provocou prejuízos no Brasil e no exterior, incluindo repercussÔes nas açÔes do grupo na Bolsa de Valores de Londres.


A reversĂŁo da justa causa


A disputa judicial teve inĂ­cio logo apĂłs a demissĂŁo. Neste anom 68ÂȘ Vara do Trabalho do Rio de Janeiro reverteu a justa causa, entendendo que o presidente nĂŁo poderia ser responsabilizado pelas irregularidades cometidas por outro executivo. A sentença tambĂ©m determinou que a EMI, hoje representada pela Universal Music, publicasse uma retratação em jornais de grande circulação,


A primeira decisĂŁo previa um multa de R$ 1 milhĂŁo a Maynard. Mas o TST entendeu que nĂŁo houve danos morais comprovados.


Maynard, que Ă© mĂșsico, advogado e administrador de empresas, construiu uma carreira sĂłlida no mercado fonogrĂĄfico brasileiro, tendo presidido a Polygram, a Abril Music, alĂ©m da EMI.


O fim da EMI e o contexto da época


O escĂąndalo de 2006 ocorreu em meio a uma fase turbulenta para a indĂșstria, que enfrentava queda nas vendas de CDs e reestruturaçÔes internas devido Ă  transição para o mercado digital. A empresa, que detinha catĂĄlogos histĂłricos de artistas como The Beatles, Queen e Pink Floyd, acabou sendo vendida em 2012, quando a Universal Music Group adquiriu seu acervo fonogrĂĄfico e a Sony/ATV ficou com o braço editorial.


 
 
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