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  • Foto do escritorGuilherme Moro

Entrevista com Fabiola Beni, cantora, compositora e violeira

Com um trabalho autoral magnífico, Fabiola Beni traz o interior para suas canções, sem se apegar a rótulos musicais. Proprietária do estúdio Sala Ativa, a cantora vive em São Carlos e além de muita cantoria, ela conta causos, histórias e traz reflexões em seus perfis na internet. Ela relatou nessa entrevista um pouco de sua grande trajetória musical.



Blog Música Boa

Os dois EP’s que você lançou até o momento, seguem a mesma linha de composição e construção das linhas melódicas. Como você conseguiu encontrar suas características musicais? Desde quando é adepta a folk music?


Fabiola Beni

Bom, vamos lá! A música sempre esteve presente na minha vida. Sou muito eclética, ouço de tudo e não tenho muito apego a rótulos musicais. Durante dez anos toquei guitarra, muito groove, soul, samba e rap. Apesar de na infância ter morado na roça nunca, tive a oportunidade de tocar viola. Ela apareceu na minha vida há cerca de quatro anos e desde então não consegui parar. Me enfeitiçou.


Blog Música Boa

É perceptível que você tem uma relação muito forte e pessoal com a natureza. Como essa intimidade é colocada em suas canções e qual a importância desse contato em sua vida pessoal?


Fabiola Beni

Nasci e morei até os 17 anos no sítio, lá em Vitória Brasil – SP, com meus pais. Costumava ir para a roça com eles, colher café e laranja, então a natureza desde sempre esteve presente na minha vida. É fundamental pra mim esse contato, tanto pra minha vida, quanto pras minhas canções.


Blog Música Boa

O single “Encanto” foi lançado recentemente. Fale um pouco da concepção e conceito dessa música.


Fabiola Beni

Escrevi “Encanto" e sempre achei que essa música merecia ter uma parceria. Acabei conhecendo o cantor chileno Emanuel Gonzalez e me encantei com a sonoridade dele. Fiz o convite e ele topou. Produzi aqui no meu estúdio Sala Ativa, em São Carlos - SP. Vinicius Suzuki, meu sócio, baterista e produtor fez a captação e mixagem. No Chile, Emanuel gravou violão e voz e a masterização ficou por conta de Tobias Mota.



Blog Música Boa

Falando sobre instrumentos musicais, a viola é o mais utilizado por você. De que maneira ela foi inserida no seu som e como surgiu seu interesse por esse instrumento tão tradicional?


Fabiola Beni

A viola apareceu de uma maneira mística na minha vida. Certo dia cheguei em Vitória Brasil – SP, no sítio dos meus pais e lá estava uma viola pendurada na parede. Achei que meu pai estava estudando, mas o fato é que ele acabou comprando a viola pra ajudar um rapaz que estava em uma situação financeira complicada. Meu olho brilhou e fiquei "encafifada" em afinar ela e desde então não consegui mais largar.


Blog Música Boa

Quais são suas grandes inspirações para fazer música, tendo em vista que suas canções soam muito originais?


Fabiola Beni

Olha, como disse, ouço de tudo um pouco. Atualmente tenho ouvido muito Almir Sater, Zé Ramalho, Ricardo Vignini, Mipso, Mandolin Orange e Elefhant Revival.


Blog Música Boa

Você é natural de Vitoria Brasil – SP, mas tem sua carreira consolidada na região de São Carlos – SP. Como é a cena artística da cidade? Existem dificuldades em ser artista nessa região?


Fabiola Beni

Vim até a região pra estudar. Morei 6 anos em Araraquara – SP, onde cursei Letras na UNESP. Atualmente moro em São Carlos, onde tenho uma produtora cultural o estúdio Sala Ativa. Hoje com o digital não vejo tanta dificuldade, São Paulo fica bem próximo daqui. Gosto muito da região, centro do estado de SP. A dificuldade existe em qualquer área, mas quando a gente ama o que faz e corre atrás os caminhos se abrem.


Blog Música Boa

De que maneira surgiu seu interesse pela música de uma maneira mais profissional e como começou a escrever suas composições?


Fabiola Beni

Profissionalmente entre 21 e 22 anos. Na infância frequentava muito as festas de São João e Folia de Santos Reis, na igreja. Na faculdade tive minha primeira banda, Ruído Fino, produzi meu primeiro disco autoral com ela e toquei muito em festas universitárias, bares, SESCs, etc.


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Como você vê o “efeito pandemia” dentro do meio artístico? Já está com saudades dos shows?


Fabiola Beni

Olha, a pandemia me fez refletir muito em como estava conduzindo minha carreira. No começo foi aterrorizante porque vivia quase que exclusivamente de shows. Daí vi a necessidade de assinar minhas produções no meu próprio estúdio, que antes utilizava só pra fazer as pré-produções e ensaios. Agora tenho lançado todo mês uma canção. Estou muito feliz. O streaming se tornou uma fonte de renda e eu tenho me focado nisso. Também vendo pendrive com minhas músicas e produtos como camisetas e canecas. O merchandising também gera uma receita incrível. Sinto saudade dos shows ao vivo, mas logo tudo volta.


Blog Música Boa

Como o merchandising te ajuda a levar seu trabalho ao maior número de pessoas possível?


Fabiola Beni

O merchandising foi uma solução eficaz e rápida de viabilizar minha arte nesse momento de crise. Bem no início da pandemia desenvolvi alguns produtos e comecei a vender nas redes sociais. Sete meses se passaram e desde então tenho pagado as contas dessa forma.

 

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