Com referências dos anos 60 e 70, The Lemon Twigs conquista público no Ibirapuera
- Guilherme Moro
- 1 de jun.
- 2 min de leitura
Os cabelos longos, as camisas coloridas e as calças largas já davam o prenúncio. Quando o primeiro acorde ressoou no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, não havia mais dúvidas: estávamos diante de uma banda com influências da década de 1960.
Este foi o primeiro impacto causado pelo The Lemon Wigs na apresentação no Festival Popload na tarde do último sábado. A banda subiu abriu o show com My Golden Years, com destaque para os vocais dos irmãos Michael e Brian D'Addario.

Muito comunicativos com o público, a cada término de canção saudavam as pessoas presentes e até arriscaram algumas palavras em português.
A performance seguiu com uma sequência enérgica de faixas que passearam pelo psicodelismo, power pop e referências do rock britânico. A mescla, embora nostálgica, soou potente ao vivo. Canções como The One e Corner of My Eye trouxeram arranjos intrincados, cheios de viradas inesperadas, que confirmam o virtuosismo e a irreverência da dupla novaiorquina.
O entrosamento entre os irmãos ficou evidente não só nos vocais harmônicos, mas também na dinâmica de palco, com trocas de instrumentos e brincadeiras espontâneas.

Apesar de o público parecer inicialmente mais curioso do que empolgado, a banda conquistou os presentes aos poucos, especialmente com o carisma de Brian, que após apresentação desceu do palco para interagir com alguns dos fãs, na entrada para o backstage.
O show foi encerrado com Rock On (Over and Over), que levou os fãs mais animados a cantar junto e arrancou aplausos calorosos mesmo daqueles que haviam chegado sem conhecer o som dos Lemon Twigs. Ao fim, ficou a impressão de que os irmãos D’Addario souberam trazer com identidade a essência setentista para uma tarde ensolarada de 2025.