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Foto do escritorGuilherme Moro

TOP 10: Os Melhores Álbuns Nacionais de 2023

2023 está chegando ao fim e muitos álbuns interessantes surgiram e foram apresentados ao público durante o ano. De praxe, apresentamos nossa lista com os melhores álbuns nacionais, com alguns nomes já conhecidos e outras gratas surpresas. É uma lista diversa, eclética e com abordagens muito diversas.


Em meio a tantos estilos musicais e artistas com lançamentos, chegar ao numeral de 10 álbuns é um tanto quanto injusto. Mas representa sim um recorte de como foi a indústria fonográfica desde ano, como os artistas produziram arte, o que o público ouviu e como se comportou.


Assim como em 2022, adotamos os seguintes critérios para curadoria e avaliação dos álbuns:


Impacto: o que este disco traz de novo para o mercado fonográfico? Se não traz novidades ao mundo da música, o que ele pode oferecer às pessoas? Qual mensagem é propagada em suas letras? Estas são indagações que nos ajudaram a escolher os álbuns.


Produção: existem milhares de estúdios de primeiríssimo escalão e que oferecem estrutura mais do que ideal para gravação de um disco. Isso pode significar muita coisa, mas caso a mixagem do trabalho não fique boa, todo projeto pode ser colocado em risco. Por isso o fator produção foi de extrema importância para nossa avaliação.


Legado: o que essas músicas vão representar daqui há 10 anos? Como este disco será lembrado? Nenhum álbum que foi eleito como um dos melhores lançados em um ano deve ser descartado em um curto período de tempo.


Produções independentes, grandes gravadoras, grandes nomes, álbuns de estreia, álbuns de consagração e muito mais. Todos os presentes nesta lista se enquadram em alguma dessas categorias. Sentiu falta de algum lançamento? Aproveite e compartilhe esta lista e faça também sua seleção de melhores de 2023.



10º | "Vício Inerente" - Marina Sena


Um meteoro chamado Marina Sena se espalhou pelo Brasil em 2021. Uma voz um tanto quanto diferente, peculiar e marcante.


"Vício Inerente", seu primeiro trabalho pela Sony Music, marca uma maturidade e evolução em relação ao seu antecessor, "De Primeira", também citado na nossa lista de Melhores Álbuns de 2021.


A cantora se afasta do pop rítmico e dançante de seu primeiro álbum e se aprofunda em um som mais cadenciado e sensual, explorando novos ritmos e sonoridades.


As letras de "Vício Inerente" são um dos pontos altos do álbum. Sena continua a explorar temas como amor, sexo e desejo, mas de forma mais madura e reflexiva. As canções são cheias de sensualidade e provocação, mas também de vulnerabilidade e melancolia.


A obra conquista a cada nova audição. É um pop original, com influências brasileiras, que consegue ser comercial e ao mesmo tempo sensitivo, confessional e verdadeiro. Poucos artistas conseguem fazer isso.




9º | "Iboru" - Marcelo D2


"Esse é o meu Tim Maia - Racional". É assim que Marcelo D2 define o álbum "Iboru". Para o artista, uma obra feita para proliferar uma mensagem e um ideal. Para o público, um mergulho profundo na cultura afro-brasileira, celebrando a ancestralidade e o futuro.


Que sejam ouvidas as nossas súplicas. É o que significa a palavra Iboru em uma tradução livre do Ioruba. A palavra é usada como saudação pelos irmãos de Ifá, religião de matriz africana, em honra às três mulheres que ajudaram Orunmilá, o orixá detentor do conhecimento e sabedoria.


Mais do que uma mensagem a ser proliferada, a obra se trata de um recorte de D2, da sua vida e também de sua personalidade. Prova disso, é a divisão feita em três atos, em que cada um deles representa uma fase da vida do artista. O primeiro ato, "Ancestralidade", é marcado por canções que exploram as raízes africanas do samba, como "Saravá" e "Afrofuturismo". O segundo ato, "Presente", traz uma visão mais contemporânea do samba, com participações de nomes como Zeca Pagodinho, Xande de Pilares e Alcione. O terceiro ato, "Futuro", é uma celebração da esperança e do legado da cultura afro-brasileira, com a participação de B. Negão e Mateus Aleluia. As participações especiais também são um destaque. Zeca Pagodinho, Xande de Pilares e Alcione são ícones do samba, e suas presenças tornam as canções ainda mais especiais. B. Negão e Mateus Aleluia também trazem seu talento e energia para o álbum.



8º | "Amor Fati" - Mahmundi


Mahmundi é daquelas artistas que permeiam com facilidade entre o sofisticado e o popular. Voz potente, versátil, que canta (e escreve) o amor como ninguém: de forma profunda e reflexiva, oferecendo ao ouvinte um olhar novo sobre esse sentimento.


Amor Fati é uma expressão latina que significa "amor ao destino". Ela foi cunhada pelo filósofo alemão Friedrich Nietzsche no século XIX.


Para Nietzsche, o Amor Fati é uma atitude de aceitação integral da vida, incluindo seus aspectos positivos e negativos. É a capacidade de amar a vida como ela é, sem tentar mudá-la ou fugir dela.


O nome do álbum não poderia ser melhor selecionado, porque Mahmundi canta a aceitação da vida e principalmente do amor pela simples forma como as coisas fluem, sem qualquer lamentação ou mudança de percurso.


Ao explorar com talento uma mistura dançante do pop atual com pitadas de sonoridades dos anos 80, dá para afirmar que a cantora é um dos principais nomes da nova geração da música brasileira e segue produzindo seus próprios álbuns com versatilidade.


A sonoridade de "Amor Fati" é marcada pela mistura de diferentes gêneros, como pop, R&B, soul e eletrônico. A produção é assinada por Mahmundi em parceria com Pedro Tie, Lux Ferreira e outros artistas.



7º | "Solo Vol. 1" - Junior


De volta pra casa. Essa frase é conhecida por caracterizar um retorno importante de uma pessoa ao seu habitat natural, já integrou muitas canções de amor ao redor do mundo e é o nome da faixa que abre o primeiro álbum solo de Júnior Lima, após mais de 30 anos de sucesso musical.


Uma canção sugestiva, que endossa e ambienta a volta do artista à sua carreira como cantor e principalmente à música pop, após aventuras como baterista da banda Nove Mil Anjos e muitos projetos paralelos com música eletrônica.


Compostas a partir de 2020 e finalizadas no trimestre último de 2022, as músicas de "Solo - Vol. 1" oferecem uma visão íntima da jornada de Junior. Das 54 músicas criadas, dez foram selecionadas para este primeiro volume, com a promessa de um segundo lançamento no futuro, composta por outras onze faixas.


O álbum é uma expressão autêntica de Junior, refletindo sua evolução como artista e sua experiência como músico e intérprete. Ele abraça o pop com um toque pessoal, quebrando barreiras e rejeitando a conformidade com os padrões da indústria. Junior busca explorar novos caminhos musicais, sem se preocupar em agradar aos outros, e essa abordagem se reflete em faixas como "Foda-se", que exala uma atitude libertadora.


O processo criativo do álbum foi impulsionado por um momento desafiador durante a pandemia, quando Junior solicitou um bloqueio criativo. Ele encontrou inspiração ao ouvir uma entrevista da escritora Clarice Lispector, que o levou de volta à música. Junior se envolveu na produção de todas as faixas, mostrando sua maturidade como produtor e músico.


"Solo - Vol. 1" é um projeto colaborativo que reúne uma variedade de talentos da música brasileira, desde compositores emergentes até nomes consagrados, como Pablo Bispo e Ruxell. O álbum é uma mistura de sons dançantes, baladas emotivas e faixas cativantes, todas com a marca distintiva de Junior.


Escrever uma nova história: é pra isso que o artista trouxe a obra ao mundo. Um verdadeiro balanço no mercado fonográfico do Brasil, que no estilo estava carente de representantes verdadeiramente autênticos e com convicções musicais que realmente fazem a diferença.


As guitarras funkeadas e os sintetizadores dão brilho às canções, que funcionam muito bem com as diversas modulações de voz que o artista oferece nos variados momentos que as letras pedem. Junior teve referências em décadas, onde é possível ouvir programações de bateria eletrônica com timbres da década de 80 e até timbragens que se assemelham à música industrial da década de 90.


Junior assume o papel de protagonista de sua própria história de forma escancarada para seu público, sedento por suas faixas. Coragem e autoridade para poucos



6º | "Outros Cantos" - Milton Nascimento, Chitãozinho & Xororó


O que seria da música brasileira se não fossem os encontros? Tantos deles já renderam músicas, discos e turnês mágicas que até hoje estão presentes em nosso imaginário.


Os dois principais personagens dessa história são especialistas em proporcionar encontros lendários: Milton Nascimento pra sempre será vinculado com o Clube da Esquina e com suas parcerias icônicas com Chico Buarque e tantos outros. Enquanto Chitãozinho & Xororó, vivenciaram grandes momentos ao lado dos Amigos, Zé Ramalho e vários nomes da música brasileira e internacional.


A sutileza com que as vozes se encaixam é impressionante, assim como a versatilidade que Xororó demonstra, ao modular com tamanha facilidade entre tons graves e agudos.


Nas canções da dupla, os tons mais baixos em decorrência da tecitura vocal mais grave de Bituca, valorizaram ainda mais as letras e os arranjos de muito bom gosto escritos por Ricardo Gama e Cláudio Paladini, que assinam em conjunto a obra.

O destaque fica por conta da inédita "Seu Bento e Dona Linda", uma música forte e emocionante, que trata com leveza a história de um senhor que aguarda há muitos anos sua amada. A música é a personificação do EP, que remete ao Milton de "Cio da Terra". E falando em terra, como é bom ouvir uma nova versão de "Terra Tombada", uma das mais belas canções do rico repertório de Ch&X.


Em tempos de separação e segregação em alta na sociedade, a música tem o papel de unir pessoas. Unir estilos. Unir histórias. Histórias essas que fazem parte do cancioneiro de um povo. A música sertaneja retratou por muitos anos o dia a dia de gente muito sofrida. Hoje, apesar de pop (e que bom!), ela ainda mantém suas origens e é respeitada pelo Brasil afora. Isso não seria possível sem Chitãozinho & Xororó.


Milton, hoje curtindo sua aposentadoria, não cansa de nos presentear com obras que pra sempre ficaram marcadas em nossos corações. O tamanho deste encontro não se limita à MPB e tão pouco ao sertanejo. É uma vitória da música. Música essa que quebra barreiras, estereótipos e preconceitos.


E como dizia o poeta: "todo o artista tem de ir aonde o povo está". Até porque, todo artista de verdade, nasceu pra cantar.




5º | "Marquês, 256" - Zé Ibarra


Antes conhecidos como um grupo O álbum "Marquês, 256" de Zé Ibarra é uma obra musical e visual que mergulha nas raízes do artista, trazendo uma atmosfera íntima e autêntica. Lançado como um prólogo para seu aguardado primeiro álbum solo em estúdio, o projeto apresenta oito faixas que exploram versões mais orgânicas de canções que marcaram a vida pessoal e a carreira do cantor.


O cenário escolhido para a gravação, as escadarias do Edifício Marquês de São Vicente, nº 256, no Rio de Janeiro, revela-se como um elemento central e simbólico para Zé Ibarra. O cantor expressa uma profunda conexão com o prédio, descrevendo-o como um lugar onde ele conhece cada milímetro e se apaixona por cada detalhe. Esse local específico não apenas serviu como pano de fundo para suas apresentações durante a pandemia, mas também como uma fonte constante de inspiração acústica ao longo de sua vida.


A seleção das faixas reflete a nostalgia e as influências musicais do artista. A inclusão de "San Vicente", uma composição de Milton Nascimento e Fernando Brant, destaca-se como uma escolha significativa, sendo uma música que Zé Ibarra considera uma "instituição" dentro de si mesmo. A variedade de regravações, desde a melancólica "Vou-me embora" de Paulo Diniz até a metalinguística "Hello" de Sophia Chablau, destaca a diversidade musical do projeto.


A profundidade do álbum não está limitada apenas às músicas, mas se estende ao conteúdo audiovisual. O vídeo, criado pela produtora Cosmo, com pouco mais de 20 minutos, apresenta as músicas enquanto explora os detalhes do prédio. Zé Ibarra convida o público a testemunhar não apenas um concerto, mas um cenário cotidiano transformado pela interferência da arte.



4º | "Transes" - Aiyé


ÀIYÉ, também conhecida como Larissa Conforto apresenta no álbum “Transes”, pontos de convergência para diversas influências estéticas, rítmicas e poéticas. A obra apresenta um entrelaçamento cuidadoso dessas referências, desde a construção das composições até a diversidade evidente na imagem da capa. Até por isso, apresenta o álbum como uma encruzilhada.


Cada faixa do álbum se revela como um estudo musical, explorando elementos rítmicos e manifestações da religiosidade da artista. "Onda", a canção inicial, destaca-se pela versatilidade de ÀIYÉ e serve como convite para o restante do álbum. Mesmo em experimentações como "Diablo XV", onde a abordagem em espanhol pode parecer menos expressiva, a capacidade de transitar entre estilos é uma força motriz. "Xangô" exemplifica essa habilidade, mesclando elementos rituais com pop de maneira única. "Exu (Tenho Fome)" destaca-se pelo uso de texturas sintéticas e versos como componentes rítmicos.


Em momentos suaves como "Flui", a riqueza dos detalhes e o processo de composição, aprimorados pelo coprodutor Diego Poloni, são evidentes. As batidas calculadas e as ambientações conferem ao álbum uma complexidade. A faixa de encerramento, com vozes como mantras, destaca a fluidez de ÀIYÉ em seu repertório.


"Transes" oferece uma experiência musical inquieta, desafiando limites no estúdio. ÀIYÉ constrói uma obra consistente que reflete suas vivências, sonoridades e crenças, consolidando sua identidade única.


3º | "Arrepiada" - Julia Mestre


Júlia Mestre, a talentosa cantora e compositora, brindou a todos com o lançamento do álbum “Arrepiada” após o estrondoso sucesso do álbum "Sim Sim Sim", com o Bala Desejo. a artista mostra uma maturidade musical notável, consolidando-se como uma das vozes mais marcantes da atual cena musical brasileira.


O álbum apresenta uma abordagem mais madura e refinada, revelando uma artista que está mais confiante e experiente em sua jornada musical. As letras profundas e emotivas, aliadas à voz única de Júlia, transportam os ouvintes para uma experiência envolvente e cativante.


O álbum traz uma rica variedade de influências musicais, desde o samba até elementos contemporâneos, mostrando a versatilidade de Júlia Mestre como artista. A produção impecável realça a qualidade das composições, destacando-se não apenas pela musicalidade, mas também pela poesia intrínseca em cada faixa.

Um dos pontos altos de "Arrepiada" é a capacidade de Júlia Mestre de transmitir emoções de maneira autêntica. As letras profundas e introspectivas revelam uma artista que não tem medo de explorar temas mais complexos e pessoais. A entrega emocional de Mestre cativa os ouvintes, criando uma conexão única entre artista e público.


"Arrepiada" não apenas consolida Júlia Mestre como uma das principais artistas da cena musical brasileira, mas também representa um marco em sua carreira. O álbum é uma celebração da maturidade musical, uma jornada sonora que captura a evolução artística da cantora desde o lançamento de "Sim Sim Sim".




2º | "Tarde No Walkíria" - Itallo


O mais recente álbum de Itallo, "Tarde no Walkíria", é uma experiência musical ousada que transcende as fronteiras tradicionais, mergulhando de cabeça em um diálogo intrépido entre a rica herança da música brasileira e as experimentações vanguardistas da produção eletrônica. Com onze faixas meticulosamente concebidas, o álbum revela um artista que não tem medo de desafiar convenções e explorar novos territórios sonoros.


O aspecto mais notável do álbum é a habilidade de Itallo em costurar harmoniosamente elementos aparentemente divergentes. A fusão da música brasileira com a produção eletrônica não apenas revela uma profunda compreensão da riqueza musical do Brasil, mas também destaca a visão inovadora de Itallo como produtor. Cada faixa é como uma jornada musical que leva os ouvintes por territórios inexplorados, com surpresas a cada curva.


A colaboração com Paulo Franco é evidente ao longo do álbum, e a sinergia entre os dois artistas é palpável. As faixas resultantes dessa parceria são verdadeiras joias sonoras, onde a produção meticulosa e os arranjos intrincados se unem para criar uma experiência auditiva imersiva. A entrada de colaboradores como Bruno Berle, Tori e Bruno Di Lullo adiciona camadas adicionais de complexidade e diversidade ao projeto, contribuindo para a riqueza sonora global do álbum.


Cada faixa parece contar uma história única, explorando diferentes facetas da musicalidade de Itallo. Desde os ritmos pulsantes até as melodias envolventes, "Tarde no Walkíria" é um espetáculo de variedade que mantém os ouvintes intrigados e engajados do início ao fim. A habilidade de Itallo em criar atmosferas sonoras distintas é notável, mostrando uma versatilidade que transcende rótulos e categorias musicais.


Além da excelência musical, as letras do álbum também merecem destaque. As composições de Itallo exploram temas que vão desde o íntimo até o universal, proporcionando uma dimensão lírica que complementa perfeitamente a riqueza instrumental do álbum. Cada palavra parece ser escolhida com cuidado, adicionando profundidade e significado à experiência auditiva.


1º | "olhar pra trás" - terraplana


O álbum de estreia da banda curitibana Terraplana, intitulado "Olhar Pra Trás" e lançado pela renomada Balaclava Records, é uma experiência sonora envolvente que marca a entrada triunfante do quarteto no cenário musical. Composto por oito faixas intensas, o álbum destaca a habilidade excepcional dos músicos Stephani Heuczuk, Vinícius Lourenço, Cassiano Kruchelski e Wendeu Silverio na criação de uma paisagem sonora cativante.


Desde os primeiros acordes, o ouvinte é imerso em um universo de sonhos e sentimentos. O trabalho conjunto da banda na fusão de elementos ruidosos e uma poesia melancólica resulta em uma experiência auditiva única, em que cada faixa contribuindo para a narrativa musical geral.


A voz etérea de Stephani Heuczuk, combinada com as guitarras melódicas de Vinícius Lourenço e Cassiano Kruchelski, cria uma atmosfera densa e emotiva. A seção rítmica poderosa, liderada pela bateria pulsante de Wendeu Silverio, adiciona uma camada adicional de intensidade às músicas, mantendo o ouvinte envolvido de ponta a ponta.


Destaca-se a produção primorosa do álbum, que captura a essência crua da banda sem sacrificar a qualidade sonora. Cada nota ressoa com clareza, permitindo que os detalhes intricados das composições se destaquem. A Balaclava Records, conhecida por seu compromisso com a qualidade musical, mais uma vez entrega um lançamento que reflete a excelência artística da Terraplana.


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