Planet Hemp encerra João Rock 2025 com catarse, roda punk e ativismo em alta voltagem
- Guilherme Moro
- há 8 horas
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A última apresentação do João Rock 2025 foi tudo menos morna. Coube ao Planet Hemp fechar o festival com um show catártico, explosivo e fiel à sua essência: contestadora, política e musicalmente visceral.
Antes mesmo de subir ao palco, os integrantes já haviam dado o tom do que viria à noite quando participaram da Marcha da Maconha realizada horas antes em São Paulo. Reafirmando seu engajamento histórico na luta pela legalização e pela descriminalização da erva, que serviu de cenário para o palco dos músicos.

Assim como os inúmeros pés de maconha artificiais espalhados pelo cenário, a militância foi pano de fundo de várias falas durante o show. Entre uma música e outra, Marcelo D2 e BNegão não economizaram críticas ao sistema e reforçaram o papel da arte como ferramenta de transformação social.
No palco João Rock, o Planet veio municiado de um setlist que mesclou clássicos com faixas do disco mais recente, "Jardineiros", de 2022. Canções como "Jardineiro e "Não Compre, Plante" incendiaram o público, que respondeu com rodas punk em muitas das músicas.

O show contou ainda com participações especiais de Russo Passapusso, do BaianaSystem, que trouxe sua força vocal e presença magnética em um crossover explosivo. E quem retornou ao palco para mais um momento de celebração foi Seu Jorge, fechando a noite em grande estilo e simbolizando a união entre ritmos, territórios e discursos.
Com um som potente, luzes pulsantes e discurso afiado, o Planet Hemp encerrou o João Rock com uma despedida barulhenta, política e inesquecível.