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  • Foto do escritorGuilherme Moro

Entrevista: Ruby revela outras facetas da música POP em novo single

Ruby é mais uma das artistas que oxigenam o POP nacional. Ela canta desde os três anos, mas seu primeiro single só veio em 2020. Apesar do pouco tempo de carreira, ela já demonstra ser uma das mais promissoras artistas do Brasil e a maior prova disso veio com seu último lançamento: "UHLALA", que traz atmosferas e sonoridades diferentes nas encontradas na música POP. O novo som ganhou clipe com uma brasilidade única e que disponibilizado na última sexta (18).


"É uma grande honra poder fazer parte deste grupo de artistas que estão cada vez mais tendo espaço e conseguindo mostrar seu trabalho e multiplicidade. Eu acredito que o POP não é um estilo de música, mas sim um acontecimento cultural. Dentro deste olhar que eu tenho pro POP, hoje a gente vê que não só a música é importante, mas também toda a estrutura e aparato trazida pelo artista, a maneira com que ele se veste e tudo isso contribui para o acontecimento POP. Tento trazer a minha originalidade, mas claro que por ser um estilo popular, a gente sente que tem uma resistência em alguns lugares, mas acredito que quando o artista traz sua verdade e originalidade de uma forma autêntica e objetiva, ele tem mais chances de fazer diferente. No Brasil temos o sertanejo, que é super forte e onde chega as pessoas abraçam . O POP está conseguindo chegar nesse nível. A juventude tem consumido muito de uma forma muito grande. O POP é isso. É muita responsabilidade fazer parte desta leva de artistas, porque precisamos levar uma mensagem mais profunda e que faça a cabeça das pessoas”, disse Ruby.


Foto: Divulgação

Para marcar brilhantemente o lançamento, a cantora estreou o single cantando-o pela primeira vez na abertura do show de ninguém menos que Luísa Sonza. A apresentação aconteceu em uma das festas mais bombadas do Brasil, a +18, edição Anaconda.


Com figurino ousado, assinado por Mariana Zamperlini, que contou com peças da marca Kenga Wear e jóias de Mariah Rovery e Avergara. A jovem encantou o público com a performance de “Dentro de Mim” e da recém lançada “UHLALA”.


Ruby é uma artista genuína. Ela iniciou sua vida musical cantando na igreja e deixou tudo para trás por uma oportunidade no mercado fonográfico. A chance veio e ela não desperdiçou.


“Olha, eu sou muito espiritualizada. Comecei a cantar na igreja e apesar de não praticar uma religião nos dias de hoje, eu pratico minha fé de uma forma que eu entendo que seja saudável e construtiva. Quando eu ingressei na Universal Music, foi de uma forma que eu entendi que uma força espiritual fazendo acontecer. Imagina, eu fazia direito e tranquei a faculdade no quinto período para tentar ingressar no mercado de alguma forma. Eu não tinha nenhum contato e não conhecia ninguém, então comecei a postar vídeos no Instagram, com algumas músicas autorais e um produtor do Rio me convidou para gravar com ele e a partir disso eu conheci o pessoal da gravadora. Foi tudo muito rápido no sentido profissional de estar com grandes nomes dentro do mercado, então eu me senti muito privilegiada de estar nesse lugar com pessoas com tanta experiência. Busco sempre entender a oportunidade que eu tenho e ter uma carreira longeva.



A maior dádiva que todo ser humano pode adquirir ao longo dos anos é o conhecimento. Para um artista, quanto mais ele dominar sua área, conhecer seus direitos e,principalmente, suas vontades e expressões artísticas, mas realizado e feliz ele será. Ruby busca conhecimento a todo tempo e exala amor por sua manifestação artística, o que a a figura como uma cantora autêntica, em uma industria em que cifras e contratos tocam mais alto que a canção.


“A primeira vez que eu entrei num estúdio foi há dois anos, então o meu contato é muito recente. Meu processo de composição é muito fluído, é muito natural. Na hora da produção, eu quero muito aprender e fico ali do lado como se fosse uma coprodutora, querendo entender como tudo vai ser construído. Música é construção. Começamos com a base, vamos colocando instrumentos e deixando ela rica e encorpada. Tento sempre palpitar de uma maneira respeitosa e aprender com os produtores. Quando o produtor se coloca no lugar de entender a verdade do artista, qual a mensagem que ele deseja passar e quais são as referências musicais, a música sai com uma identidade muito grande. Eu palpito, mas me coloco mais no lugar de aprender. Graças a Deus as pessoas que trabalharam comigo foram muito solícitas e me permitiram aprender”, comenta.



Mineira de Belo Horizonte, Camila Gomes (Ruby) tem influências musicais que vão desde o Jazz, R&B, Hip Hop, Black Music, como Nina Simone, Erykah Badu, Lauryn Hill, até Beyoncé e Rihanna. O nome que leva a jovem ao universo da música foi inspirado em Ruby Nell Bridges Hall (Tyler Town, 8 de setembro de 1954), uma ativista estadunidense conhecida por ser a primeira criança negra a estudar em uma escola primária caucasiana, em Louisiana, durante o século XX.


"UHLALA" é de autoria da artista, ao lado de Arthur Marques, King, Dj Thay. O vídeo foi criado e assinado por Rodrigo Pitta, que já trabalhou com Anitta, RIR Portugal,, Arto Lindsay e Luísa Sonza, por exemplo. A superprodução começa com Ruby mostrando toda a sua versatilidade pelas ruas de Salvador. No decorrer do clipe, ela explora todas as suas versões, com vários de tipos de cabelos e cores, provando que todas podem ser o que quiserem ser, e que a felicidade está em se olhar no espelho e sentir amor pelo o que vê.


“Quando criança, eu me sentia muito vulnerável na minha própria pele. Sofria bullying na escola por causa da minha boca, cabelo e etc. Eu tinha muita dificuldade de aceitação e amor próprio, quando passei pela transição capilar aos 18/19 anos, após anos consecutivos alisando o cabelo, me conectei com minha ancestralidade de uma forma muito intensa e construir minha autoestima a partir desse processo de autoconhecimento. Então , em Ulala eu trouxe a experiência pessoal que eu vivencio diariamente, a minha relação com meu corpo físico e tudo que ele representa para mim, e socialmente a necessidade de aceitação e celebração das nossas características e personalidade, potencializando nossas qualidades para sermos sempre melhores”, finaliza.





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