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  • Foto do escritorGuilherme Moro

Entrevista com Fiduma & Jeca, a dupla que ousou fazer diferente

Irreverente e diferente de tudo que o mercado sertanejo já apresentou. Isso define a dupla Fiduma & Jeca. Em 29 de abril de 1992 nasceram, coincidentemente, Pedro Juliano Cardoso de Oliveira e Marcelo Dadona Nunes, que futuramente teriam suas vidas cruzadas. No final de 2013, entraram em estúdio para gravar o primeiro CD e, enquanto o trabalho não era finalizado, lançaram uma música na internet para ver a repercussão. Foi assim que “Anjo Chapadex”, em pouco tempo, se tornou conhecida no Brasil inteiro. Confira nossa conversa com essa grande dupla da música sertaneja:


Blog Música Boa

O último single que vocês lançaram foi “Nem Que Vorte O Cheque”, que remete muito ao início da carreira da dupla. O clipe também ficou muito massa! Dá pra dizer que é mais uma nova fase de Fiduma & Jeca?


Fiduma & Jeca

É uma nova velha fase do Fiduma & Jeca, onde a gente pode voltar lá no começo da nossa carreira, onde a gente gravava esses clipes mais engraçados, com roteiro e onde a gente também atuava. Nosso público gosta muito disso e a gente está bem feliz com o resultado, por voltar a fazer esses clipes.



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Vocês se conheceram em 2010 ao iniciarem o curso de Agronomia na UNESP, na cidade de Ilha Solteira/SP. Como surgiu a ideia de fazer a dupla?


Fiduma & Jeca

Já vou até explicar o porque do nome Fiduma & Jeca pra galera (risos). Fiduma & Jeca é um apelido nosso de faculdade. De apelido de faculdade, virou nosso nome artístico. Coincidentemente a gente faz aniversário no mesmo dia. Nós nascemos no mesmo dia, no mesmo mês e no mesmo ano. Somos quase gêmeos. Já são onze anos juntos. Começamos tocando nas repúblicas, nas festas de faculdade e nos barzinhos, até chegar nas grandes feiras, rodeios e exposições do Brasil.


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Vocês tiveram um crescimento muito rápido e logo conseguiram projeção nacional com “Anjo Chapadex”. Como essa música chegou até vocês e de que maneira ocorreu essa explosão?


Fiduma & Jeca

Rapaz, isso ai foi na época do Facebook. Eu chamei o Diego Kraemer, que é um dos autores da música junto com o Tiago Marcelo e o Aleksandro (Conrado & Aleksandro). Perguntei pro Diego se ele tinha algumas modas. A gente já tinha recebido algumas músicas dele pelo Marcelo Renato, que era nosso empresário na época. Nós achamos as músicas muito bacanas, com outro papo e uma linha diferente de composição, mas faltava aquela música. Nessa mensagem que eu mandei pra ele eu me apresentei, falei que tinha uma dupla que estava começando e queria umas músicas diferentes. Ele me mandou um e-mail com dez músicas e entre elas estava o Anjo Chapadex. Logo de cara a gente já gostou dela, mas a guia original era bem diferente, nada a ver com a que a gente gravou. Tivemos que adaptar um pouquinho a letra também. Foi a música que nos abriu as portas do cenário nacional e mudou as nossas vidas.



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Hoje vocês já estão estabilizados no meio, mas pelo nome da dupla e também pelas músicas com teor mais brincalhão (Que Susto) vocês chegaram a sofrer algum tipo de pressão dos radialistas, contratantes e mercado em geral?


Fiduma & Jeca

Teve uma época que a gente pensou em mudar o nome da dupla. Eram os nossos apelidos de faculdade. Quando a gente começou a sair de Ilha Solteira e começar a tocar nas casas da região, a gente pensou: “cara, Fiduma & Jeca é muito feio” e a gente mudou pra Pedro & Marcelo, que são nossos nomes de verdade. Chegou uma época que o tal do Pedro e Marcelo não tinha nada a ver com a gente, porque nosso show era irreverente e engraçado. Era um nome muito comum e decidimos voltar pro Fiduma & Jeca. Quando a gente saiu do Pedro & Marcelo rolou uma pressãozinha dos contratantes, mas quando veio “Anjo Chapadex” a aceitação foi instantânea.

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O show de vocês é extremamente irreverente e com uma grande energia. Como foi passar toda essa vibe para as lives durante o período de isolamento social? Já estão ansiosos para a retomada dos shows?


Fiduma & Jeca

Foi um grande desafio. Somos acostumados a tocar. Nosso show é muito pra cima e tem muita interação com o público. Foi bem complicado migrar um show pra uma live. Na live tinham quatro ou cinco câmeras e ninguém pra interagir. Era bem difícil. Na primeira live que nós fizemos, tiveram mais de 60.000 pessoas simultâneas com a gente, mas ao mesmo tempo não tinha ninguém. Graças a Deus os shows estão voltando. Fizemos 7 shows em outubro, temos 9 ou 10 em novembro e 13 em dezembro. A agenda está lotada e vamos trabalhar muito nessa retomada.


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Anteriormente ao single “Nem Que Vorte o Cheque” vocês lançaram a faixa “Golpe Sem Roupa” com participação de Guilherme & Benuto, que é uma dupla de uma geração posterior a de vocês. Como surgiu o nome de Guilherme & Benuto para gravar essa música com vocês? O que vocês acham dessas novas duplas que estão no mercado?


Fiduma & Jeca

Rapaz, os meninos cantam bonito demais. Toda essa geração que está vindo junto com Guilherme & Benuto, Hugo & Guilherme, Clayton & Romário, cantam demais. A gente já conhecia Guilherme & Benuto desde a época do Villa Baggage. Fizemos muitos shows juntos entre 2015 e 2016, a gente tava sempre se encontrando na estrada. Os dois tem muita qualidade. Tocam muito, compõem, cantam. São dois grandes artistas. Foi uma parceria muito bacana. Quando a gente recebeu “Golpe Sem Roupa”, que é uma composição de Mateus Felix, Rapha Soares e Rodolfo Alessi, na hora pensamos em Guilherme & Benuto. Mandei mensagem pro Gui e ele topou na hora. Graças a Deus conseguimos gravar juntos e está sendo um grande sucesso. A galera já está cantando nos shows. Ficamos muito felizes com o resultado dela.



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Fiduma & Jeca tem o próprio escritório (Chapadex Produções Artísticas) e administra a própria carreira. Pra um artista, qual a importância de ter todo esse conhecimento sobre a própria carreira?


Fiduma & Jeca

Foi muito natural. Não foi pensado. Lá no começo da carreira recebemos várias propostas de escritórios pra gente assinar, mas era tudo muito novo pra gente. Chegar nesse mercado gigantesco onde tem muitas coisas, muitas sessões que você trabalha e na época a gente optou por criar o próprio escritório e andar com as próprias pernas. Estamos há sete anos no mercado sertanejo, gravando músicas e levando alegria pra galera. É um grande desafio, pois você tem que matar um leão por dia, são várias frentes que você precisa tomar conta. A Chapadex é uma empresa nossa mesmo, que tem várias funções, setores e a gente sempre leva isso como um trabalho mesmo. Trabalhamos dia após dia pra fazer mais shows e alegria.


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O primeiro DVD gravado (“Depois da Chuva”) foi uma grande produção. A dupla ainda estava no início da carreira e já emplacou este projeto grandioso. Quais foram os desafios e adversidades de criar um trabalho deste patamar naquele momento?


Fiduma & Jeca

Rapaz, tamo acabando de pagar as contas dele só hoje (risos). Foi muito legal fazer esse primeiro DVD. Hoje todas as duplas já saem com um CD e um DVD pronto e a gente saiu com um CD na época. Ficamos mais de um ano com esse CD, sem ninguém conhecer nossa imagem. Gravamos o clipe da “Anjo Chapadex” e da “Que Susto” também. Eram nossas únicas imagens. Trabalhamos fazendo mais de 20 shows por mês durante um ano, mas a galera não conhecia a nossa cara. Então esse DVD foi muito importante pra mostrar a nossa cara pro Brasil. Ele nos levou para as grandes festas do país e foi de grande responsabilidade, pois contamos com participações especiais de Cesar Menotti & Fabiano, Bruninho & Davi, Munhoz & Mariano e João Carreiro. Foi um divisor de águas.



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