Dia do Orgulho LGBTQIA+: 7 artistas para ouvir e celebrar a diversidade na música nacional
- Guilherme Moro
- há 4 minutos
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Neste dia 28 de junho, é celebrado o Dia do Orgulho LGBTQIA+. Em comemoração à data, o Música Boa e a Deezer listam sete artistas LGBTQIA+ brasileiros, que vêm se destacando em diferentes gêneros e regiões do país.

A seleção abrange desde nomes já consolidados até artistas em ascensão, com estilos que vão do pop ao funk, passando pelo rap, eletrônico, MPB e vertentes alternativas.
Ana Frango Elétrico
Ana Frango Elétrico é uma das vozes mais inventivas da música brasileira contemporânea. Cantora, compositora e produtora do Rio de Janeiro, ela mistura com originalidade elementos de MPB, indie, soul, pop e rock experimental, criando um som único, cheio de camadas e referências. Com letras que transitam entre o cotidiano, o nonsense e o afeto, Ana conquistou espaço com discos como "Little Electric Chicken Heart" (2019) e "Me Chama de Gato Que Eu Sou Sua" (2023). Ela também ganhou destaque ao assinar a produção do premiado álbum "Sim Sim Sim", lançado pelo Bala Desejo em 2022.
Carol Biazin
Carol Biazin é uma das revelações do pop brasileiro, conhecida por composições sinceras e estética moderna. Ganhou destaque nacional após participar do The Voice Brasil em 2017, e desde então vem consolidando sua carreira com trabalhos autorais que exploram temas como amor, vulnerabilidade e empoderamento. Seus álbuns, como Beijo de Judas (2021), Reversa (2023) e o mais recente, Te Amo Sem Culpa (2025), combinam influências do R&B, eletrônico e pop contemporâneo, mostrando sua versatilidade e maturidade artística.
Irmãs de Pau
Irmãs de Pau é um duo formado por Isma Almeida e Vita Pereira, travestis originárias da Zona Oeste de São Paulo, que ganharam destaque no funk. Desde o álbum de estreia Dotadas (2021), elas exploram suas vivências como travestis, a cultura periférica e política LGBTQIA+ com batidas que transitam entre funk, dancehall, trap e eletrônico. Com seu segundo projeto, Gambiarra Chic (2024), o duo avançou em experimentações sonoras, incorporando elementos do funk eletrônico, hyper funk e colaborações com produtores como CyberKills, Clementaum e DJ. Em maio de 2025, lançaram Gambiarra Chic Pt. 2, obra de dez faixas com participações de Duquesa, Ebony, Ventura Profana, Tasha Kayala, entre outros.
Gabeu
Gabeu é um dos principais nomes do chamado "pocnejo", movimento que mistura música sertaneja com estética LGBTQIA+. Filho do cantor Solimões (da dupla com Rio Negro), ele cresceu imerso no universo sertanejo, mas subverteu as tradições do gênero ao incorporar elementos pop, visuais ousados e letras que abordam identidade, desejo e liberdade. Com o EP Agropoc (2019) e o álbum Agropoc 2.0 (2022), Gabeu consolidou seu estilo, que preserva as raízes enquanto questiona normas e rompe com o conservadorismo que muitas vezes marca o gênero.
Candy Mel
Candy Mel ganhou projeção nacional como integrante da Banda Uó, grupo que misturava tecnobrega, pop e irreverência, e se destacou também como apresentadora e ativista pelos direitos das pessoas trans. Após uma turnê com o grupo no ano passado, em 2025 estreou sua carreira solo com o álbum 5 Estrelas, onde explora sonoridades brasileiras com uma pegada moderna, flertando com o brega, o pop e o eletrônico.
Jadsa
Jadsa é uma artista baiana que se destaca pela ousadia e pela mistura de referências na música brasileira contemporânea. Cantora, compositora e produtora, ela transita entre o rock, o samba, o jazz e a música experimental, criando uma sonoridade própria, intensa e cheia de texturas. Seu álbum de estreia, Olho de Vidro (2021), foi amplamente elogiado pela crítica por sua originalidade e força lírica, assim como Big Buraco, disco lançado em 2025, que tem apresentado a artista para novos públicos.
Monna Brutal
Monna Brutal é uma das mais expressivas vozes do rap paulista contemporâneo, trazendo um flow ágil e letras afiadas que transitam entre vivências negras, LGBTQIAPN+ e periféricas com muita força e autenticidade. Nascida em Guarulhos, começou a rimar em batalhas locais ao redor dos 13–17 anos, e disco seu primeiro álbum independente, 9/11, em 2018. O álbum Vista Grossa (2024) consolidou ainda mais sua posição, trazendo colaborações com MC Luanna e o coletivo From da Hood, em uma produção que passeia pelo trap, boom bap e amapiando, além de interlúdios que revelam seu pensamento crítico sobre hip-hop e sociedade.