Mesmo com as garras afiadas da censura na cultura, 1972 produziu álbuns que marcariam para sempre a história da música popular. Um deles, também consolidaria Elis Regina como a maior intérprete do país, o disco Elis.
50 anos depois, a cantora Vanessa Moreno, reconhecida como uma das grandes revelações da música brasileira, estará nos dias 5 e 6 de novembro, no SESC 24 de Maio, ao lado de Tiago Costa (piano e arranjos), Fi Maróstica (baixo e arranjos), Jônatas Sansão (bateria) e o quarteto de cordas Metrópolis, para uma releitura do repertório desse trabalho que se tornou um grande clássico. Esses shows fazem parte do 72-22: meio século de discos históricos, projeto que traz ao palco discos fundamentais para a cultura do país e também fora dele, através de artistas que representam a nova cena musical, com a produção executiva de Vitrola Produtora e a curadoria do SESC 24 de Maio e de Manu Tavares.
Com a direção artística de Roberto Menescal, o “disco da cadeira”, como ficou conhecido em função da foto da capa, marcou o início da parceria de Elis com o pianista César Camargo Mariano, que depois se tornaria seu marido. Para esse trabalho, o músico reuniu uma banda que acompanharia Elis por longos anos, batizada internamente de “quarteto fantástico”, em que além de César ao piano, contava com o baixista Luizão Maia, o baterista Paulo Braga e o guitarrista Hélio Delmiro.
Vanessa, que já visitou a obra da artista em projetos anteriores, mais do que interpretar com total entrega, assim como Elis fez no disco, trará um frescor às canções. A intérprete mergulhou profundamente no álbum, no contexto histórico social e pessoal da cantora, criando conexões entre os dois momentos, passado e presente. Vencedora do Prêmio Profissionais da Música Brasileira em 2017 e 2018 na categoria Cantora, e em 2021 como Cantora e também Autora. Vanessa Moreno já cantou com artistas como Gilberto Gil, Edu Lobo, Rosa Passos, Mônica Salmaso.