top of page
  • Foto do escritorGuilherme Moro

Vanessa Longoni lança o EP 'Tudo Tinha Ruído', seu terceiro trabalho solo

Vanessa Longoni, intérprete gaúcha que despontou com os sucessos "A Mulher de Oslo" (2008) e "Canção para Voar" (2014), lança seu novo trabalho, o EP independente "Tudo Tinha Ruído", nas plataformas digitais. O terceiro disco solo da artista pode ser conferido a partir do dia 12 de maio de 2022 (quinta-feira) nas plataformas digitais através do selo Pequeno Imprevisto. O show de lançamento acontece no dia 15 de maio, domingo, às 19h, no Teatro da Rotina Bar (Rua Simão Álvares, 697, Pinheiros) em São Paulo (SP).



Em nove faixas inéditas, a cantora e produtora cultural de formação lírica e teatral transita por caminhos musicais diversos: do bolero ao pop. O álbum traz composições de Arthur de Faria que celebram o amor e o existencialismo no estilo performático de Vanessa. A produção musical é de Otavio Carvalho.


O EP "Tudo Tinha Ruído" nasceu do show de mesmo nome - apresentado pela primeira vez em 2019 - antes do início da pandemia. O período de criação do show durou seis meses, entre pesquisa, ensaios e concepção. "Só depois disso que fui para o estúdio. Prefiro o processo assim: experimentar, vivenciar a música antes de entrar no estúdio e senti-la dentro de uma história e com pessoas assistindo", descreve Vanessa. A gravação aconteceu em São Paulo no final daquele ano (logo depois ela se mudaria para lá), alternando entre o Rio de Janeiro - onde morou por dez anos - e os shows em Porto Alegre.


Enquanto o álbum anterior "Canção para Voar" tinha origem na necessidade da leveza, da delicadeza da voz, "Tudo Tinha Ruído" vem do desassossego e da inquietação dos tempos atuais. "Ele nasceu da fragilidade política do país de 2018 para 2019 e do rumo que as coisas tomaram a partir daí, mortes sendo naturalizadas, pessoas em suas bolhas, os feminicídios, homofobias, o desafeto...”, enumera Vanessa. O disco abre com a faixa "Passada", composta por Arthur de Faria e Alessandra Leão, que reflete o estado de espírito da artista logo de saída. O videoclipe do single foi lançado em 29 de março.


“Eu estava muito angustiada no aeroporto, voltando para o Rio, para votar, quando o Arthur me mandou uma música e eu escutei o seguinte verso: ‘E eu? / Passo como? / E eu? / Ando como? / Passo bem às vezes, passo mal às vezes , e vomito versos’. E foi então que eu pensei: OK, hora de vomitar versos, gritos entalados, voz", determinou.


Do universo de composições do amigo, Vanessa escolheu 12 músicas para o show. Nove delas aparecem no disco. Sobre o trabalho de Arthur, resume: “É contemporâneo, mas não deixa de ter passado. É irreverente, mas tem poesia. É como eu me sinto como artista".


Para a cantora, cada música é seu próprio espetáculo - ela pensa nas canções como cenas. A segunda delas vem na forma de bolero, com o trágico amor (como pede o gênero) de "Primeira Canción", celebrado entre acordes dramáticos de piano e percussão. Na melancólica "Tudo Tinha Ruído", Vanessa recorre a lembranças da capital carioca para visualizar seu verso (ou cena): “O coração da moça que partiu sozinha no último metrô”. O duplo sentido que dá título ao álbum é embalado pela doçura da harpa de vidro em contraste com as ocasionais asperezas da letra.


E, apesar de tudo, garante Vanessa: “Eu, entre ruínas e ruídos que estava e ainda estou, acredito na (re)construção". E essa esperança está espalhada ao longo do disco e surge em momentos como em "Breve Oração", onde a intérprete declama entre altos e baixos um poema de Daniel Galera, e "As Coisas da Casa", com a paixão da borboleta que quer escapar de sua prisão.


Ao fim, o EP flerta com o pop, com "Só Por Hoje”: Posso me esticar na rede/ ir dormir com sede/ e não te amar - mas só por hoje. Há ainda três vinhetas no disco, duas delas com excertos da tragédia grega "Antígona", de Sófocles.

Saiba o que rola no mundo da música!

Você está inscrito!

  • Branca Ícone Spotify
  • Ícone do Facebook Branco
  • Ícone do Instagram Branco
logo_escrito.png

© 2024

bottom of page