Com colaboração de Hugo Luque
Após disputa judicial, Paulo Ricardo e Fernando Deluqui firmaram um acordo que encerra as atividades do RPM, que tinha somente Deluqui entre os membros da formação original. O guitarrista seguirá com o projeto "RPM O Legado".
Os dois são os únicos integrantes vivos após as mortes de P.A. Pagni, em 2018, e Luiz Schiavon, em 2023. Segundo o anúncio feito ontem (7), nas redes sociais do grupo, a decisão tem intuito de preservar a memória da formação original.
Contexto
Em 2017, Paulo Ricardo anunciou uma breve pausa do grupo para se dedicar ao seu álbum solo "Novo Álbum", que chegou às lojas no ano anterior. Em 2018, os integrantes remanescentes anunciaram que continuariam com a banda sem o antigo vocalista. Dioy Pallone assumiu.
Com a morte de P.A, Kiko Zara assumiu as baquetas e gravou o álbum "Sem Parar", lançado no ano passado com diversas músicas inéditas da nova formação. Em 2023, faleceu Luiz Schiavon e Deluqui passou a ser o único integrante da formação original.
Em junho deste ano, Paulo Ricardo venceu na justiça o processo que impedia o guitarrista de utilizar o nome da banda. Na ocasião, em entrevista ao Música Boa, Deluqui afirmou que "A questão está sob a responsabilidade de nossos advogados, que já tomaram as medidas cabíveis e recorreram da sentença. É importante deixar claro que essa sentença ainda não está produzindo efeitos. Isso só acontecerá com o julgamento final pelo tribunal".
Futuro
Com a nova banda, o empresário que estava à frente da nova formação do RPM, Airton Valadão, deixará o projeto, assim como Dioy Pallone. Os dois estavam no projeto desde 2018.
"O Dioy saiu e eu também não seguirei. Fernando Deluqui seguirá à frente, inclusive com a gestão", afirmou Valadão.
Veja a nota divulgada pelas assessorias:
"Em razão das sucessivas notícias publicadas na mídia a respeito da sentença que teria determinado o fim da banda RPM, Paulo Ricardo e Fernando Deluqui vêm, através de suas assessorias, prestar os seguintes esclarecimentos a seus fãs e ao público em geral.
O sucesso conquistado pela banda RPM e o impacto que sua música causou no coração e na memória de todos é algo que jamais irá desaparecer. Supera em muito qualquer diferença que possa ter existido no passado.
Assim, apesar do que foi determinado, Paulo Ricardo e Fernando Deluqui firmaram um acordo que permite a preservação da obra do RPM, na sua formação original, e ao mesmo tempo viabiliza os projetos de Fernando Deluqui e sua nova banda.
Para alcançar esse entendimento mútuo foi essencial compreender que todas as iniciativas tomadas por Paulo Ricardo e Fernando Deluqui sempre tiveram por objetivo preservar a memória e os valores que inspiraram os inúmeros sucessos do RPM, banda que Paulo Ricardo liderou com enorme competência e talento e da qual nunca se afastou.
Sobre o fim da banda original, Deluqui diz: “Em 2017 houve um grande mal-entendido. Paulo Ricardo quis dar uma pausa e Luiz Schiavon, P.A. e eu quisemos continuar, infelizmente nos desentendemos, mas isto ficou no passado”.
Na mesma medida, é igualmente mútuo o entendimento de que Fernando Deluqui tem todo o direito de desenvolver novos projetos com sua nova banda que, apesar de não ser o RPM, tem um dos integrantes da banda original. Daí o novo nome: RPM O LEGADO, que assim será denominado nas plataformas digitais e redes sociais.
Paulo Ricardo e Fernando Deluqui agradecem a todos os seus fãs e admiradores que continuam servindo de inspiração para outros tantos sucessos que virão e comunicam que toda a obra da formação original da banda, com Paulo Ricardo, Luiz Schiavon, Fernando Deluqui e Paulo P.A. Pagni estará disponível em todos os apps de música assim como os vídeos no YouTube sob o nome de RPM, sigla de Revoluções por Minuto".