Surfando no sucesso do punk, o emotional hardcore, ou só emo, foi uma aposta ousada das gravadoras da década de 80. Afinal, não parecia uma boa ideia combinar a agressividade do metal com os versos melosos das baladas românticas. E para a surpresa de todos, em pouco tempo, o emo já havia tomado conta do mainstream, e se tornado um verdadeiro estilo de vida para muitos jovens que queriam falar de amor, sem abrir mão da sua rebeldia.
E como tudo que faz sucesso lá fora, não demorou muito para o estilo chegar ao Brasil. Como nos Estados Unidos, o movimento emo foi uma febre no país, e até o momento em que sofreu o seu último grande boom, por volta de 2010, revelou grandes nomes da cena nacional, como a Pitty, o NX Zero e o Fresno.
Após anos de idas e vindas, hiatos e pequenos trabalhos, estes artistas voltaram a fazer grandes apresentações pelo país, dando uma esperança aos poucos emos que sobraram de um possível revival do movimento que marcou toda uma geração.
Abaixo, cinco sons que resumem o que foi a música emo no Brasil:
5. Dias Atrás - CPM 22
Parte do terceiro álbum de estúdio da banda de Barueri, “Dias Atrás” é uma das tracks mais famosas dos caras que, apesar de rejeitarem o rótulo de emo, foram um dos primeiros a incorporar características do estilo no país.
4. Desde Quando Você Se Foi - Fresno
Ao contrário de Badauí, Lucas Silveira, vocalista do Fresno, é a cara do movimento emo, e a canção de Redenção (2008), um verdadeiro cartão postal de uma das bandas mais tradicionais do gênero.
3. Levo Comigo - Restart
Apesar de serem acusados por boa parte dos emos de abandonar a agressividade do hardcore e fazer um som mais alegre, chamado de “happy rock”, caminho que lhes rendeu uma série de comentários homofóbicos, a banda de Pe Lanza agregou e muito para o gênero, e o sucesso “Levo Comigo”, de 2009, é a prova disso.
2. Equalize - Pitty
No maior estilo Amy Lee, a baiana Pitty é uma das principais referências da música emo no país, e “Equalize”, de 2003, apenas um dos seus muitos sucessos.
1. Razões E Emoções - NX Zero
Talvez o maior sucesso do gênero no Brasil, a canção de 2006 foi o hino de uma geração e, até hoje, é cantada de cabo a rabo até por quem não se identifica com o movimento.