Antecipando seu quinto álbum, com previsão de lançamento para o final de setembro, Qinhones lança nesta sexta-feira (26/8) o single "O Rio Continua Rindo”, faixa autoral escrita em parceria com o músico e produtor Alberto Continentino.
Qinhones volta às raízes de sua carreira ao gravar um samba-rock, linguagem com a qual trabalhou intensamente em sua primeira banda, Vulgo Qinho & Os Cara. Mas não é um samba-rock "puro", o arranjo às vezes pesa para o groove-funk, às vezes para o rock. Já a letra se dissimula entre exaltação ufanista e crítica ácida à cidade do Rio de Janeiro. Célebres bordões de Gilberto Gil e Fundo de Quintal são reapropriados talvez para, de forma irônica, contradizê-los.
A capa do single, de Filipe Marones, traz colagens e desenhos sobre fotografia do Museu Nacional durante o incêndio de 2018, caso que marcou profundamente o artista e que para ele "resume o estado de coisas do Rio e do Brasil”.
“O Rio Continua Rindo” tem arranjo e produção musical de Alberto Continentino. Masterizado por Ricardo Garcia e mixagem por Dudinha, a faixa traz ainda Vitor Cabral (bateria), Alberto Continentino (baixo, violão, guitarra e sintetizadores), Danilo Andrade (Clavinet e hammond), André Siqueira (Congas, xequerê, shake, tamborim e cuíca) e Qinhones nos vocais.
Qinhones é figura conhecida na cena musical independente do Rio de Janeiro, desde os anos 2000. O cantor e compositor carioca já lançou três álbuns autorais: “Canduras” (2009), “O Tempo Soa” (2012), com as participações de Mart’nália, Elba Ramalho, Botika e Amora Pêra, e “Ímpar” (2015), além do disco “Qinho Canta Marina” (2018), onde interpretou as canções de Marina Lima com grande destaque, e o EP “Gota” (2021), com a participação de Mahmundi. Também atuou como produtor musical em “Amor Geral”, o mais novo disco da cantora Fernanda Abreu.
De 2004 à 2009 esteve a frente da banda VulgoQinho&OsCara, com quem lançou disco homônimo em 2007. Além de músico, o artista ainda possui histórico relevante como ativista cultural. Qinhones criou diversos projetos coletivos, como o festival Dia da Rua, pioneiro no conceito de ocupação urbana no Brasil, com enfoque em shows de novos artistas/bandas.