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Foto do escritorGuilherme Moro

“Por tudo o que for Amor” marca a estreia do duo, Lu Toledo e Valter Saty

O CD “Por Tudo o Que for Amor” marca a estreia do duo formado pela cantora e compositora mineira Lu Toledo e o músico paulista Valter Saty, que também é cantor e compositor. O disco reúne 14 canções inéditas, compostas e gravadas em Belo Horizonte e São Paulo, entre 2020 a 2021, durante o distanciamento social imposto pela pandemia do novo coronavírus. Os temas das canções são contrapontos poéticos aos sentimentos e circunstâncias de medo, desamparo e desolação provocados pela disseminação do vírus. Nas 14 faixas de “Por Tudo o Que for Amor", Lu e Valter lançam palavras e melodias de alento e inspiração, de beleza e emoção, a partir de experiências, reflexões e descobertas vividas por eles neste período insólito da história de toda a população.


“Em tempos de isolamento social e incertezas, a música surge como uma ótima companhia. E em um momento tão difícil como o que estamos vivendo, resolvemos cultivar em nossas canções mensagens de amor, paz, esperança e reflexões sobre a vida”, diz a cantora. Enaltecer os bons sentimentos, as experiências positivas, observar as belezas de Minas e do Brasil, buscar superar as dificuldades: com essa proposta, Lu Toledo e Valter Saty escreveram, entre outras músicas, “Espelho de Mim”, “Acreditar”, “Esperança”, “A Bela Arte de Viver”, “Meu Abrigo” e “Entre as Montanhas de Minas”, além de “Por Tudo o Que For Amor”, que dá nome ao disco (“Quando é que eu vou sorrir, quando vou poder chorar, por tudo o que eu já vivi, quando vou recomeçar?”, são alguns versos da canção).


“Cantar o amor, a esperança, as experiências positivas, num momento triste, para fazer um contraponto a esta realidade complicada.



Lu Toledo diz que a constituição da parceria aconteceu de maneira tranquila e natural, logo que descobriram afinidades artísticas, estéticas e existenciais. Além de ser um músico inspirado e inventivo, Valter tem bastante intimidade com a música mineira, especialmente com o repertório do Clube da Esquina. “Nossa parceria nasceu em 2020, no início do isolamento social ocasionado pela pandemia do novo coronavírus. Tínhamos nos visto apenas uma vez anos atrás, em um festival de música no Bar do Museu do Clube da Esquina, em Belo Horizonte, e só retomamos contato recentemente por meio das mídias sociais”, conta.


As primeiras músicas foram compostas à distância, a partir da troca de mensagens e vídeos entre Lu, em Belo Horizonte, e Valter, em São Bernardo do Campo. A distância não foi empecilho para que se iniciasse o projeto musical, mas um incentivo, um desafio que ambos assumiram com disposição e contentamento. “Nós começamos a trocar melodias e letras e deu tão certo que começamos a registrar as canções em vídeos caseiros. Fazíamos os vídeos pelo celular, cada um em sua casa e, depois, Valter, sincronizava as vozes, acompanhadas por seu violão”, assinala a cantora. Todos esses vídeos, inclusive, foram divulgados nas redes sociais e disponibilizados em seus canais do youtube.


As gravações para o álbum foram iniciadas por Valter Saty em um estúdio de São Bernardo do Campo, com a colaboração do músico Fabrício Miguel, quando registraram o conteúdo instrumental. As vozes e faixas instrumentais suplementares foram gravadas em Betim (MG), com a colaboração de Rodrigo Lourenço. Teve também a participação de Christiano Caldas em duas canções, (tocando piano em “Nossos Momentos”, e acordeom, em “Entre as Montanhas de Minas”). Antes das gravações em estúdio, Lu Toledo e Valter Saty ensaiaram virtualmente a combinação e o encadeamento das vozes. “Fizemos algumas experimentações pelo celular mesmo. Como são vozes masculina e feminina, precisamos experimentar, buscar soluções e fazer adaptações para cantar em duo”, explica.


As letras, em sua maioria, são de Lu Toledo, e ganham melodias e harmonias através do violão de Valter Saty. A canção “Esperança”, tem versos originais do poeta carioca Leandro Augusto Simões.


Para a cantora, todo o processo de composição e gravação das músicas foi estimulante e muito produtivo. “Foi um período muito criativo; cada um tem um jeito, um estilo, e o trabalho em parceria acaba instigando, apurando o processo de criação”, afirma a cantora, lembrando que antes o ato de compor era mais solitário: “Eu fazia tudo praticamente sozinha, com uma contribuição ou outra, uma parceria ou outra. Com esta parceria, multiplicamos as possibilidades de compor e cantar”.


Lu Toledo diz que a produção de “Por Tudo o Que for Amor”, além de um trabalho satisfatório e gratificante, foi também uma experiência de cura. “Estávamos um tanto perdidos. Nesse momento incerto, em razão de tudo que acontecia, a tragédia provocada pela doença, o inusitado contexto político, a desinformação, a música virou uma companhia, um anteparo. Então, retomar a música como projeto principal, de modo pessoal e profissional, foi uma escolha decisiva que resultou num processo de cura, de transformação, para mim e para o Valter” , justifica a cantora.


Além de lançar o CD e disponibilizar as 14 faixas nas plataformas de música digital, Lu Toledo e Valter Saty projetam a realização de um show de lançamento e a produção de videoclipes, um a cada mês, para divulgar as canções nos canais de audiovisual da internet.


Dois estilos, uma parceria: breve apresentação de Lu Toledo e Valter Saty


Ambos com carreiras solo consolidadas, Lu Toledo e Valter Saty se conheceram há alguns anos, em um festival de música, em Belo Horizonte. O reencontro aconteceu recentemente, em plena pandemia, através das redes sociais, quando reconheceram que seus gostos, ideais e propostas estavam em conjunção. A parceria artística deu tão certo que abriu espaço também para uma vida em comum.


Além de cantora que interpreta suas próprias composições, Lu Toledo é psicóloga e professora. Suas letras são inspiradas em suas poesias e visões, passeando por estilos variados da música brasileira e abarcando um universo feminino e intimista. Entre 2013 e 2021, Lu Toledo lançou três álbuns e um EP gravado em Cuba.


Nascido em São Bernardo do Campo, Valter Saty teve sua formação musical bastante influenciada pela música mineira, em especial pelo movimento musical Clube da Esquina, o que o inspirou a desenvolver um trabalho pautado na sofisticação das melodias e harmonias. Valter estudou teoria musical e violão clássico, inclusive com o renomado violonista Ulisses Rocha. Foi fundador e integrante da banda Esquina Paulista que, com a canção, "Brincadeira", composta em parceria com Paulo Gustavo Palombo, chegou à final do I Festival do Bar Museu do Clube da Esquina, em Belo Horizonte.

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