“Perdi um ídolo”: fã que viu Ozzy pela última vez relembra show na Inglaterra
- Guilherme Moro
- há 2 dias
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A notícia da morte de Ozzy Osbourne, divulgada nesta segunda-feira (22), abalou o mundo da música. Para o engenheiro civil Nivaldo Ronchesel Junior, de 43 anos, o impacto teve uma carga ainda mais emocional: ele esteve no último show do "Príncipe das Trevas", realizado no dia 4 de julho, em Birmingham, na Inglaterra, cidade natal do artista.
Morador de Araraquara (SP), Nivaldo embarcou na viagem com um propósito profissional, mas aproveitou a chance única para ver o ídolo de perto uma última vez. Ele levou junto a esposa, o filho de 11 anos e encontrou um amigo, também araraquerense, na cidade inglesa.
“O rock'n'roll tá na minha vida desde sempre. Eu comecei a ouvir Ozzy com 13 anos. Ozzy, Iron e tal. E uma das coisas que eu mais gosto de fazer na minha vida é ir em show. Tudo que a gente faz é isso: juntar a galera, ouvir um som, tomar uma cerveja e dar risada. É isso que vale a pena. Eu tô realizado. Triste, porque perdi um ídolo, mas faz parte”, disse.
Mas antes de presenciar o momento histórico, Nivaldo passou pela saga para garantir ingressos, que começou assim que o evento foi anunciado. Foram várias tentativas frustradas em pré-vendas, até que, em 13 de junho, a sorte virou.
“Entrei no site, apareceu fila e aí todos os setores estavam disponíveis. Acho que eram devoluções. Comprei um ingresso de pista, que acabou indo pro Curumim, e mais três pra cadeira porque meu moleque não pode entrar na pista, só a partir dos 16”, contou.
Já em Birmingham, ele descreveu o clima como uma verdadeira celebração do rock. Ele conseguiu fazer todo o passeio turístico e visitou a locação onde foi tirada a foto da capa do homônimo primeiro álbum do Black Sabbath.
“A cidade inteira já tava cheia de gente com camisa do Black Sabbath. Já encontrei um brasileiro na frente do local, que também tinha ido pro show. Peguei até contato. No dia seguinte, meu amigo que mora na Alemanha chegou e repetimos o rolê. A ponte já tava com fila de uma hora e meia, duas. A atmosfera do show já estava rolando”, relembrou
Na hora da apresentação, ele ainda não tinha se dado conta da importância histórica daquele momento. A ficha só caiu mais tarde, quando percebei a sorte ter presenciado a despedida de um dos maiores nomes do rock.
“É um privilégio ter conseguido ver o show do Ozzy de novo. Consegui levar meu filho, né? O cara tem 11 anos e já viu o Ozzy pela última vez. Fui com a Dani, minha mulher, e meu amigo também foi com a gente. Foi demais. Até fico com a voz embargada de falar”, se emocionou.
