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  • Foto do escritorGuilherme Moro

Júnior Lima faz as pazes com o mundo pop com álbum de estreia autêntico, corajoso e surpreendente

De volta pra casa. Essa frase é conhecida por caracterizar um retorno importante de uma pessoa ao seu habitat natural, já integrou muitas canções de amor ao redor do mundo e é o nome da faixa que abre o primeiro álbum solo de Júnior Lima, após mais de 30 anos de sucesso musical.


Foto: Breno Galtier

Uma canção sugestiva, que endossa e ambienta a volta do artista à sua carreira como cantor e principalmente à música pop, após aventuras como baterista da banda Nove Mil Anjos e muitos projetos paralelos com música eletrônica.


O álbum intitulado "Solo - Vol. 1", representa não apenas uma virada artística, mas também uma jornada pessoal de autodescoberta e crescimento.


"Quando estava pensando em qual seria a sonoridade deste trabalho, pensei primeiro nos instrumentos orgânicos, que me seduzem musicalmente, sintetizadores, que eu adoro, e tudo que faz sentido para mim. Depois parti para me guiar por décadas que amo. Tenho meus heróis, entre eles, Queen, Princce, Michael, Led Zeppelin e outros", afirmou o artista em coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira (30), em que o Música Boa marcou presença.


Junior Lima aproveitou o hiato após o fim da dupla com sua irmã Sandy, em 2007, para viver a vida fora dos holofotes. Ele se dedicou a experiências diversas, incluindo casamento, paternidade, terapia e recomendações. Esse período de introspecção e autoconhecimento se reflete nas músicas do álbum, que explora suas dores, alegrias, frustrações e conquistas.


Compostas a partir de 2020 e finalizadas no trimestre último de 2022, as músicas de "Solo - Vol. 1" oferecem uma visão íntima da jornada de Junior. Das 54 músicas criadas, dez foram selecionadas para este primeiro volume, com a promessa de um segundo lançamento no futuro, composta por outras onze faixas.


O álbum é uma expressão autêntica de Junior, refletindo sua evolução como artista e sua experiência como músico e intérprete. Ele abraça o pop com um toque pessoal, quebrando barreiras e rejeitando a conformidade com os padrões da indústria. Junior busca explorar novos caminhos musicais, sem se preocupar em agradar aos outros, e essa abordagem se reflete em faixas como "Foda-se", que exala uma atitude libertadora.


O álbum marca o retorno de Junior em um território pop, seu gênero de origem, e revela a verdadeira essência do artista. Ele redescobriu a alegria de se apresentar e a emoção de compartilhar suas próprias músicas com o público. Após o sucesso da turnê "Nossa História" com Sandy, Junior descobre que seu lugar foi no pop, onde sua paixão e talento musical se destacam.


O processo criativo do álbum foi impulsionado por um momento desafiador durante a pandemia, quando Junior solicitou um bloqueio criativo. Ele encontrou inspiração ao ouvir uma entrevista da escritora Clarice Lispector, que o levou de volta à música. Junior se envolveu na produção de todas as faixas, mostrando sua maturidade como produtor e músico.


"Solo - Vol. 1" é um projeto colaborativo que reúne uma variedade de talentos da música brasileira, desde compositores emergentes até nomes consagrados, como Pablo Bispo e Ruxell. O álbum é uma mistura de sons dançantes, baladas emotivas e faixas cativantes, todas com a marca distintiva de Junior.


Escrever uma nova história: é pra isso que o artista trouxe a obra ao mundo. Um vedadeiro balanço no mercado fonográfico do Brasil, que no estilo estava carente de representantes verdadeiramente autênticos e com convicções musicais que realmente fazem a diferença.


"Aceite quem eu sou", é o que o artista pede em uma das faixas. Pela repercussão extremamente positiva, o público não só entendeu o recado, como aderiu o pedido.


As guitarras funkeadas e os sintetizadores dão brilho às canções, que funcionam muito bem com as diversas modulações de voz que o artista oferece nos variados momentos que as letras pedem. Junior teve referências em décadas, onde é possível ouvir programações de bateria eletrônica com timbres da década de 80 e até timbragens que se assemelham à música industrial da década de 90.


Junior assume o papel de protagonista de sua própria história de forma escancarada para seu público, sedento por suas faixas. Coragem e autoridade para poucos.

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