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Guilherme Arantes explica motivos para pausa na carreira: "o showbiz mata"

Foto do escritor: Guilherme MoroGuilherme Moro

Na última semana, Guilherme Arantes utilizou suas redes sociais para anunciar uma pausa na sua carreira durante todo o ano de 2025. O comunicado não só explicou os motivos, mas fez uma reflexão sobre o cenário da música atual. O músico encerrou o primeiro parágrafo com a frase "Não estou dizendo adeus a nada, apenas um até breve". O compositor de hits como "Brincar de Viver", "Cheia de Charme", "Amanhã" e "Meu Mundo e Nada Mais", afirmou que está desencaixado em um jogo em que em que perdeu o fio da meada, ao se referir ao mercado de shows da música atual.



Conhecido por suas apresentações intimistas, sempre acompanhado de uma boa banda, ou somente do seu piano, Guiherme Arantes se mostrou frustrado com a necessidade de todos os artistas terem que fazer performances mirabolantes em cima do palco.


"Adoro tocar para as pessoas, tenho amor e intensidade na mensagem, na função pública. Mas confesso que não é de hoje que venho me sentindo um peixe fora do aquário. Ainda mais agora, que tomei um tranco e me ví obrigado a não estar em dois eventos que serviriam pra eu me sentir ainda servindo para alguma coisa, nessa nova ordem artística que privilegia a festa, o encontro, a mistura, a experiência imersiva que o mercado de shows oferece. Estou bem chateado e reflexivo, questionador, se querem saber. Não é um momento fácil. Seria bem mais fácil se eu relaxasse e curtisse a vida e saboreasse o sucesso, me entregando ao play for cash (tocar por dinheiro), mas não sou assim. Não sou exatamente um performer num mundo dominado pelo entretenimento", afirma.

O "tranco" que o artista se refere, é o procedimento cardíaco que passou no dia 26 de dezembro. Ele precisou cancelar compromissos como o show no Réveillon de Santos (SP) e outra apresentação no Navio do Roupa Nova.


Ainda durante o texto, ele agradeceu ao seu fiel público conquistado ao longo de 50 anos de carreira, mas afirmou que não tem mais serventia para o showbiz. Segundo ele, por duas décadas ele foi relevante para o mercado, quando a juventude e a moda musical o favoreceram.


Em seu longo depoimento, o artista finalizou dizendo que o mercado da música, pelo menos como está concebido, mata.


O showbiz mata. A música não mata. Com o tempo, foram proliferando os performers, os shows foram virando uma indústria, um grande circo ao vivo. As escalas das platéias foram se sucedendo ee chegamos ao que aí está. Onde fomos parar? O Showbiz engoliu a música, ao menos como eu sonhei a música. Há quem diga que a música morreu! Será? (...) Estou perdido, mas seria eu um visionário? Feliz ano novo para o mundo. A gente se vê em 2026, finalizou.

Veja a publicação completa:





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