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  • Foto do escritorGuilherme Moro

Entrevista: Morcegula fala sobre primeiro álbum e peculiaridades do duo

Atualizado: 15 de abr.

Com proposta de resgate à sonoridade do rock and roll de diferentes épocas, o duo Morcegula lançou no início deste ano "Dia Das Bruxas", primeiro álbum de estúdio, que apresenta sonoridade suja, com letras bem-humoradas e inteligentes.



Formado pela baterista e cantora, Rebeca Li, de Uberlândia, que neste projeto toca o instrumento em pé e sem o uso de pratos e pelo guitarrista carioca Henrique Badke, que tem como característica o uso de uma guitarra modelo flying v na cor preta, o Morcegula, apresenta um som visceral, fora dos padrões do que é produzido atualmente no mundo do rock.


Além da música, os dois formam um casal e estão na estrada para promover o primeiro disco, “Dia Das Bruxas”, que teve lançamento pelo selo Goma Base e que será disponibilizado em formato físico do álbum em vinil 12”, na primeira quinzena de maio.


A turnê contará com 18 shows, nos meses de abril, maio e junho, e vai passar pelo Sul, Sudeste e Centro-Oeste, com shows confirmados em São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Porto Alegre, Maringá, Londrina e mais (segue abaixo a agenda dos meses de março e abril).


Os artistas conversaram conosco sobre o novo projeto, as expectativas para a turnê e o futuro da Morcegula.


Música Boa

Como surgiu a ideia de formar o Morcegula e qual foi o processo de criação para desenvolver um som tão inovador e enérgico?


Henrique Badke

A ideia de formar o Morcegula apareceu de forma natural neste encontro de duas pessoas que dedicaram grande parta da sua vida à musica. O casal Badke e Beca veio antes mas nao demorou muito e num dia 31 de dezembro ensaiar foi a nossa escolha para o reveillon de 2022.


Música Boa

Rebeca, você tem uma trajetória diversificada na cena musical, atuando como baterista da banda punk Pulmão Negro e como cantora solo. Como essa experiência influenciou o som do Morcegula?


Rebeca Li

A Pulmão Negro é uma banda de punk rock rasgado e gritado falando das mazelas do mundo. Estou com eles há sete anos e me sinto muito feliz e completa enquanto baterista, mas como cantora eu sintia falta de trazer minha voz mais melódica pro palco. Com isso comecei a trabalhar nos circuitos de bares da minha cidade e região cantando músicas preferencialmente interpretadas por mulheres do rock nacional e internacional. Sempre senti vontade de unir esses dois amores em uma só coisa que fizesse sentido pra mim. O Morcegula é a perfeita combinação da Rebeca baterista que precisa daquela quebradeira e a Rebeca cantora que, quando está cantando. arrepia todo corpo em cada nota que faz. Com ritmo e melodia juntos dentro de mim, a banda faz eu me sentir cada dia mais viva e com vontade de fazer mais.


Música Boa

Rebeca, você menciona que o Morcegula consegue reunir suas duas paixões na música: cantar e tocar bateria. Como foi o processo de adaptação para tocar bateria em pé, sem pratos, e como isso contribui para a sonoridade e energia do Morcegula?


Rebeca Li

Tocar em pé e cantar ao mesmo tempo foi e ainda é um super desafio. Preciso me organizar corporalmente desde a respiração, que é uma pra tocar e outra pra cantar, até o entendimento de como me posicionar no palco para obter melhores resultados sonoros e até mesmo de comunicação com o Henrique. Como optamos por não ter baixista, tirar os pratos foi fundamental pra preencher os graves que o baixo faria falta. Então fazendo as levadas todas no surdo, assim consigo trazer uma sonoridade mais confortável com os agudos da guitarra. E como eu amo desafios, estou muito empolgada pra criar novas músicas com esse formato mínimo de bateria. Para nós a máxima é : menos é mais.


Música Boa

"Dia Das Bruxas" é o primeiro álbum do Morcegula. Como foi o processo de gravação e produção deste álbum, especialmente trabalhando com o produtor Davi Pacote?


Henrique Badke

Gravamos "Dia das Bruxas" no Hill Valley Estudio, em Porto Alegre. Todo fim de ano eu reservo alguns dias no estudio e vivo uma imersão que resulta nos lancamentos do ano posterior! Eu e Rebeca gravamos o dia das bruxas em cinco dias. E o mais insano, aproveitando a ida ao Rio Grande do Sul para fazer shows também! Faziamos a gravação a tarde e a noite nos apresentavamos. Neste período, a gente mesmo se questionou se não estávamos exagerando e comprometendo o álbum.

Mas a resposta esta no resultado final. Fazemos musica por que sim! Para fazer da vida um espaco e tempo melhor. No final das contas ficamos felizes da vida com o álbum e com os shows! Sem o Davi Pacote não existiria o morcegula como ele é. Ele é um produtor de verdade, pois com seu conhecimento e generosidsde faz muitos artistas orbitarem em torno do Hill Valley e os torna melhores do que entraram no estúdio.


Música Boa

A turnê do Morcegula vai abranger diversas regiões do Brasil, incluindo Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Qual a expectativa da banda em relação a essa turnê e como vocês esperam que o público receba o álbum e as performances ao vivo?


Henrique Badke

A turnê acima de tudo é pra nós a realização de um sonho. Sair por aí pra tocar, rever amigos e conhecer novas pessoas, mostrar nosso trabalho e, ao mesmo tempo, reduzir a distância que temos por morarmos há 1.000 km um do outro. Isso tudo por si só já é incrível, porém confesso que ver as pessoas conhecendo nossa música, cantando junto e prestigiando nosso trabalho é maravilhoso. Nossa expectativa é que consigamos chegar a mais pessoas e conhecer mais bandas que estão na estrada, assim como nós. Isso só a estrada proporciona. Nos vemos por aí.





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