De um lado, um roqueiro. Do outro, um DJ produtor. E o que parecia impossível virou música. “Faster (Vicious End)”, single que inaugura a inusitada parceria entre Supla, ícone da rebeldia oitentista, e Gustah, um dos grandes nomes da produção de urban music no Brasil, é o primeiro lançamento de um EP que, em breve, chegará ao streaming.
Disponível em todas as plataformas digitais, a canção nasceu em um ambiente propício à colaboração e à experimentação: as famosas “camp songs” realizadas nos estúdios da 2050 Records, selo responsável pelo lançamento, sediado no Morumbi, Zona Oeste de São Paulo.
“Foi muito bacana participar de alguns desses encontros com artistas e produtores de outras gerações. Eu era, possivelmente, o único cara que fazia rock ’n roll no meio da galera, mas cheguei lá e, de forma natural, com meu estilo, comecei a versar em cima de bases trap produzidas por Gustah. Nossa identificação musical foi imediata!”, lembra Supla.
“Além de ‘Faster’”, diz Gustah, “outras cinco parcerias estão sendo finalizadas, prontas para saírem do forno e celebrar o encontro de dois universos que, à primeira vista, pareciam distantes, mas que, graças ao nosso entrosamento, se revelaram surpreendentemente complementares”.
Supla, que, em 1984, utilizou sequencers (hardware capaz de controlar a reprodução de ritmos e notas musicais) em produções de sua primeira banda de rock, a Tokyo, e, nos anos 2000, ao lado do beatmaker e grafiteiro Kojak, usou uma MPC (espécie de bateria eletrônica/sampler utilizada em gravações de rap e funk) em algumas faixas de seu álbum solo, “O Charada Brasileiro”, acrescenta: “Apesar de ‘vir’ de Beatles e Stones, sempre soube lidar com tecnologia! Se a música é boa, não importa o estilo!”.
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