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Disputa judicial entre membros da Legião Urbana e filho de Renato Russo mancha a história do BRock

Atualizado: 6 de mai. de 2021

Por: Guilherme Moro


Já há algumas semanas, repercute em toda mídia, a arrastada batalha judicial entre Giuliano Manfredini (filho de Renato Russo) e Dado e Bonfá (respectivamente guitarrista e baterista da Legião). Todo o imbróglio se deve à uma decisão do grupo, ainda com Renato em vida. Dado e Bonfá venderam para Renato suas partes da sociedade, criada pelos três integrantes. Infelizmente o eterno Trovador Solitário nos deixou em 1996, vítima de complicações relacionadas ao HIV. A partida do até então vocalista, que detinha todos os direitos sob a marca Legião Urbana, fez com que Giuliano, seu herdeiro, ficasse legalmente com o nome da banda.

Dado, Renato Russo e Bonfá (Foto: Divulgação)


A briga não é recente e já dura cerca de oito anos. Giuliano explora a marca comercialmente com sites online e produtos licenciados. Na contramão disso, Dado e Bonfá querem apenas cuidar do legado que construíram ao longo dos 18 anos em que a banda ficou na ativa. "Os caras registraram o nome da Legião em tudo que é tipo de quinquilharia, de produto, marcas e patentes, para todo tipo de produto, eletrodomésticos...Quer vender camiseta e diz que é assim que administra o legado. Não é por aí. A gente não quer vender sabonete. Tem minha imagem, minha música, um conceito e um valor ético embutidos", disse Bonfá em entrevista ao UOL. Os advogados de Giuliano argumentam que Dado e Bonfá não sabem administrar o próprio legado.


A Legião Urbana é, sem sombra de dúvidas, a mais popular entre todas as bandas da geração anos 80. As músicas imortalizadas na voz de Renato e os clássicos álbuns como "Que País é Este" (1987) e "As Quatro Estações" (1989) estão eternamente no cancioneiro popular do Brasil e serão apresentados para as próximas gerações de maneira natural, sem a necessidade de produtos que pouco dizem sobre a história da banda e nem fazem jus à sua trajetória.


Toda essa disputa judicial, que parece longe de acabar, mostra como no Brasil a música é o que menos importa. Precisa-se de bom senso para julgar um caso como este. Giuliano pede que Dado e Bonfá paguem para utilizar o nome da banda que eles fundaram, tocaram, fizeram os álbuns e escreveram as músicas. Uma banda não pode ser comparada a uma empresa de contabilidade ou uma marca de refrigerantes. Há todo um conceito por trás disso. A Legião Urbana não é Renato Russo e muito menos Giuliano Manfredini. A Legião Urbana é: Renato Russo, Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá. Vamos aguardar os próximos capítulos.

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