Ainda que a certidão de nascimento de Danilo Cutrim aponte a Bahia como estado natal, o eclético artista desenvolveu seu talento no caldeirão cultural que foi o Rio de Janeiro dos anos 1980. Depois do consagrado pop punk do Forfun, da mistura de samba e bossa nova no duo da Bossa, com o violonista Jean Charnaux, e do atual Braza, que viaja pelos quatro cantos do país, o artista mais uma vez se renova em sua multiplicidade, mas dessa vez sozinho, pleno, tranquilo, como sugere o significado da cor que batiza o disco, "Azul".
![](https://static.wixstatic.com/media/450148_7ab0b2c1e6724ea99c9a02877a4b36be~mv2.png/v1/fill/w_49,h_33,al_c,q_85,usm_0.66_1.00_0.01,blur_2,enc_auto/450148_7ab0b2c1e6724ea99c9a02877a4b36be~mv2.png)
Música popular brasileira é genuinamente o que propõe Danilo Cutrim neste trabalho que transita entre balanços, (como “Somos Um”, single de estréia), ritmos afro-brasileiros (na suingada e crítica “Vai Cair”), no doce ijexá (“Encontro de Almas”), no forró a lá Gilberto Gil (em “Falar com Deus”) e, finalmente, até o samba e a bossa nova (em “Ao Lado Teu” e “Meu Jardim”).
O álbum, com 12 faixas, também conta com dois duetos: o baião arretado "Ai que Saudade”, com o cantor e sanfoneiro capixaba Felipe Peó, composto on-line durante a dura pandemia, e “Vou Voltar”, com a cantora NêgaAmanda, que parece ter sido tirada de um disco dos anos oitenta. Em tempos de urgência e fake news, “Azul”, é o resultado de um músico com um único comprometimento, o maior que pode haver na arte: a sua verdade. O SHOW No Dolores Club, localizado no Centro do Rio, Danilo Cutrim apresentará "Azul" dia 19/05 (sexta) na íntegra além de composições próprias que fazem parte de sua trajetória com banda. No palco, ele assume a voz, violão e guitarra ao lado dos músicos Lelei Gracindo, no sax e flauta (Milton Nascimento / Djavan), João Moreira no baixo e Estevan Barbosa na bateria.
Entre os convidados especialíssimos que subirão ao palco estão Julia Mestre (Bala Desejo), na canção “Sentimento Blues”, NêgaAmanda, o sanfoneiro capixaba Felipe Peó e o violinista Jean Charnaux.
“Estou muito feliz de poder apresentar meu álbum na cidade onde vivo e que me acolheu desde criança. Estarei acompanhado por uma banda luxuosa e, depois de termos lotado os shows em Porto Alegre, São Paulo e Belo Horizonte, chega a vez de mostrarmos "Azul" no charmoso Dolores Club”, destaca o músico.