top of page
  • Foto do escritorGuilherme Moro

Brazilian Bacon Day 2024 provou força com público roqueiro em edição histórica

Nem mesmo o frio espantou as 4 mil pessoas que acompanharam o Brazilian Bacon Day no último sábado (10), na Alcans Hall, em Ribeirão Preto. O programação musical contou com shows de Nenhum de Nós, Giovanna Moraes, Angra, Allen Key, Di Ferrero, Biquini e Raimundos.


Neste ano a organização criou a Cidade do Bacon, espaço criado para concentrar todas as tendas de culinária e atrações locais, com o diferencial de funcionar a parte do festival, com entrada franca.


Realizado pela primeira vez na Alcans Hall, o festival se adaptou bem ao novo formato, que permitiu mais mobilidade entre os setores. O evento estava organizado e os atrasos nas apresentações aconteceram a partir do show do Angra.



Os shows


Com a responsabilidade de iniciar os trabalhos, a veterana Nenhum de Nós subiu ao palco ainda com o público chegando ao evento, pontualmente às 17h. O repertório passeou entre os clássicos da banda e covers de sucessos do rock brasileiro.


O ponto alto da apresentação veio com "Astronauta de Mármore", talvez a música mais bem-sucedida da carreira dos gaúchos. Thedy Corrêa e companhia mereciam ter tocado em horário melhor, mas houve quem chegou cedo para acompanhar o show dos gaúchos "É uma cidade que frequentamos há bastante tempo e este é o segundo Brazilian Bacon Day que a gente toca. É sempre bom voltar, ver os amigos e notar que o rock continua vivo por aqui", afirmou Sady Homrich, baterista do grupo.


O evento seguiu com Giovanna Moraes, aposta do rock brasileiro, que tem tido repercussão nas redes sociais com vídeos bem característicos cantando suas músicas autorais.


No show, a artista mostrou personalidade ao escolher não inserir covers, dedicando todo o espaço para suas próprias composições. A presença de palco da cantora foi um show a parte.


O público foi receptivo, mas demorou para entender a proposta de Moraes, que muitas vezes provocou a plateia com suas interações. Um verdadeiro show de rock.


"Eu percebi que quem vai abrir as portas sou eu mesma. Ando causando na internet e tenho e audácia de falar na cara e impactar um monte de gente", pontuou.


Logo em seguida, teve início um dos shows mais aguardados da noite: Di Ferrero, que mesclou músicas do seu repertório solo, com sucessos do NX Zero, em apresentação marcante e enérgica.


Entre as músicas executadas, estiveram "Cedo ou Tarde", "Só Rezo", "Pela Última Vez", "Sentença" e muitas outras. A plateia se mostrou empolgada até mesmo nas faixas mais recentes.


Mesmo após uma turnê de grande proporção, Di Ferrero segue bem com seu show na estrada, com uma banda bem afiada e energia de quem está começando, mesmo já com mais de 20 anos de carreira.


Com o fim do baile do ex-NX Zero, o palco começou a ser preparado para o show do Angra. Com muita movimentação do staff, o show atrasou bastante, e quando foi dado o play na trilha de apresentação, tudo parou. O baterista Bruno Valverde precisou sair do palco.


Após mais alguns minutos e muita correria, finalmente o Angra subiu ao palco para um show de tirar o fôlego. Não é novidade que o grupo vive um dos seus melhores momentos, após o lançamento do álbum "Cycles Of Pain", em 2023.


Muitas pessoas estavam com a camisa do grupo e cantaram com o peito aberto músicas do novo álbum e também as clássicas. Não faltaram "Rebirth", "Angels Cry", "Carry On" e "Nova Era". Os integrantes sairam do palco ovacionados.


Já com o frio tomando conta de todos os ambientes, fato raro em Ribeirão Preto, a Allen Key fez sua apresentação com repertório totalmente focado es suas canções autorais. O grupo de São Paulo, tem o guitarrista Pedro Fornari como membro natural de Ribeirão Preto.


Mas não só o músico se sentiu em casa, mas sim toda a banda, já que não foi a primeira vez que a cidade recebeu uma apresentação dos paulistas.


O grande destaque foi a versatilidade de Karina Menasce, uma das melhores vocalistas de rock do país, que impressionou todos que estiveram presentes na Alcans Hall.



Já na parte final do evento, chegou a vez do Biquíni entregar toda sua energia para os fãs que acompanharam o show. O grupo selecionou um repertório com os principais hits e chegou quebrando tudo ao som de "Tédio".


A conexão do grupo com as pessoas é impressionante. Bruno Gouveia teve a plateia na palma da mão, criando uma atmosfera muito diferente dos demais shows da noite.


O Biquíni se apresentou no Brazilian Bacon Day inúmeras vezes e, segundo o próprio organizador do evento, não existe Bacon Day sem o grupo.


"Tocar em Ribeirão sempre foi um desejo. É algo que está acontecendo há pouco tempo, com frequência. Tinha a história das cervejas artesanais, que nos animava muito a vir para cá (risos). Os grandes festivais na cidade impulsionaram isso, como o próprio Bacon Day. Fomos criando uma nova base aqui e passamos a vir com mais frequência. Fica sempre o desafio de fazer uma lista de músicas criteriosa com o que vamos tocar e o que deixaremos de tocar", explica Gouveia.



Para fechar a noite, o Raimundos fez seu show, mas não sem antes passar por alguns problemas técnicos. A banda subiu ao palco e tocou a primeira música, "Deixa eu Falar", sem iluminação.


Após dez minutos de ajustes técnicos, eles retornaram à apresentação e entoaram sucessos como "Selim", "A Mais Pedida", "Mulher de Fases" e Eu Quero Ver o Oco".


A banda deu prioridade para os hits, e deixou para trás as canções mais pesadas, muito preteridas pelos fãs que foram ao evento para acompanhar a banda, o que não atrapalhou o resultado final do show, que foi muito positivo.


Enfim estava encerrado o Brazilian Bacon Day, um evento organizado, com line-up bem selecionada e um público já cativo, que sempre se interessa por suas características.


O organizador do evento, Giuliano Guedes, destacou o dever cumprido na entrega do festival, em meio ao difícil momento do mercado de shows no país.


"O cachê está muito caro, estrutura e a economia não está boa em geral. Mas somos guerreiros e estamos fazendo um festival de rock no mesmo dia de um show do Henrique & Juliano, com 35 mil pessoas. Para fazer rock and roll no Brasil tem que ter amor", finaliza.



Comments


bottom of page