No próximo sábado, dia 10 de dezembro, acontece em São Paulo, na Neo Química Arena, zona leste de São Paulo, a primeira edição do BATEKOO Festival. Sob o lema ‘A GENTE NÃO QUER SER ASSISTIDO, A GENTE QUER SE ASSISTIR’, o projeto chega para ser o maior evento de música proposto por e para a comunidade negra, afro-diaspórica e LGBTQIAP+ do Brasil. Entre as atrações, ícones como Ludmilla, Fat Family, Karol Conká, ÀTTØØXXÁ, Kannalha e DJ Cleiton Rasta.
“Essa programação foi pensada para ser uma experiência ancestral tendo como referência as musicalidades periféricas que não necessariamente estão nos topos das paradas, mas que não saem da boca e das rádios de pessoas negras ao redor do país. Nossa curadoria vai para um lugar totalmente diferente dos milhares de festivais que aconteceram esse ano no Brasil, pensando na nossa comunidade como um todo e contemplando as mais diversas particularidades do que é ser negro hoje, resgatando história, identificação, afeto e, de novo, ancestralidade”, comenta Mauricio Sacramento, CEO, fundador e diretor criativo da BATEKOO.
Como um todo, a proposta, quentíssima, promete mais de 20 atrações em aproximadamente 16 horas - o dobro de duração das já famosas festas que acontecem em Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo e Santos.
Fundada em 2014, na capital baiana, a BATEKOO ganhou notoriedade como um manifesto do movimento negro e LGBTQIA+, tendo como foco jovens da periferia e de baixa renda. Atualmente, atua como uma plataforma de entretenimento, empreendedorismo e culturas negras, periféricas e LGBTI+, sendo um polo de conexões entre juventudes urbanas que protagoniza o lançamento do primeiro festival contra-hegemônico: a ideia é mesmo promover uma transformação na forma de se fazer grandes eventos no país e criar uma verdadeira imersão na música negra, desenhando essa que é uma experiência feita para colocar o público no centro, sem hierarquia, em troca mútua.
Presente em diferentes cidades como Salvador, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Recife e Santos, os produtores já circularam pelo lineup de diferentes festivais a fim de construir um radar cultural atento, com um olhar mais amplo sobre a produção artística negra. Pensando nisso, o BATEKOO Festival vai contemplar diferentes linguagens, para além da música, como as intervenções artísticas de poesia, dança e outras performances.
O objetivo dos organizadores, a longo prazo, é que a iniciativa se torne itinerante e que esteja presente em diferentes cidades, apesar das dificuldades de captação de recursos para algumas regiões do país. Além disso, um dos principais planos da BATEKOO é tornar o festival uma celebração de culturas afrodiaspóricas a nível global, principalmente por serem uma das primeiras plataformas negras que buscam exportar a música afro-brasileira para o mundo. “Esse é o nosso maior projeto nesses quase 10 anos de história e vai ser o nosso principal produto para os próximos anos. A nossa expectativa é que essa seja a primeira de muitas edições e que possamos continuar fomentando a produção cultural e artística negra no Brasil e fora”, finaliza Artur Santoro, CEO e head de projetos da BATEKOO.
A venda dos ingressos segue aberta exclusivamente pela plataforma Shotgun, com valores que variam entre R$ 120 e R$ 240.
Vale lembrar que a BATEKOO está marcando um importante período em sua história e na história da comunidade negra, periférica e LGBTQIAPN+: de uma festa se tornou uma plataforma que hoje, além de continuar com os bailes noturnos e agora furar a bolha dos grandes festivais, fomenta a cena educacional com aulas gratuitas sobre music business por meio da Escola B; a cena de produção executiva e artística com o selo musical Batekoo Records, que cuida das carreiras de Deize Tigrona (RJ) e Tícia (BA), além do projeto ‘Sessions’, que tem trazido luz à artistas emergentes com produto audiovisual no Youtube e principais plataformas de streaming.