Barão Vermelho brilha no Best Of Blues And Rock com show de respeito à própria história
- Guilherme Moro
- 9 de jun.
- 2 min de leitura
Mesmo sem ocupar o posto de headliner do segundo dia do Best Of Blues And Rock 2025, o Barão Vermelho mostrou porque ainda é uma das bandas mais emblemáticas do rock nacional. Em um show que misturou nostalgia, reverência e vigor, o grupo carioca entregou uma apresentação poderosa, repleta de hits e com espaço generoso para homenagens aos seus ex-vocalistas, sem abrir mão da força da formação atual.
A abertura com “Pense e Dance” já deu o tom da tarde: guitarras afiadas, energia de sobra e um público pronto para cantar junto cada verso. Fernando Magalhães e Rodrigo Suricato, donos das seis cordas, deram um show à parte. Os riffs e solos se destacaram em uma performance que equilibrava precisão técnica com emoção crua.

Suricato, atual vocalista, também teve a missão (cumprida com louvor) de reviver vozes icônicas da história do Barão. Em músicas como “Codinome Beija-Flor” e “O Tempo Não Pára”, ele não tentou imitar Cazuza, mas trouxe uma interpretação sentida, respeitosa e com identidade própria. O mesmo vale para Maurício Barros, que interpretou “Amor Pra Recomeçar” com muita identidade
“Meus Bons Amigos” fez o público tirar os pés do chão, confirmando que, apesar de tantas mudanças ao longo das décadas, o Barão Vermelho ainda sabe entregar um espetáculo de rock com coração e alma. No telão, imagens de ídolos, amigos e familiares da banda. De Marielle Franco e Marília Mendonça.
O Barão não só honrou seu passado como provou que seu presente é potente. O entrosamento no palco, as escolhas certeiras no repertório e a pegada rock'n'roll sem concessões mostraram que a banda segue viva, pulsante e relevante.