Recife. 1960. O dramaturgo argentino Tulio Carella desembarca na capital pernambucana e encontra uma cidade completamente polarizada, tomada por movimentos políticos de esquerda. Prestes a assumir uma cadeira no curso de teatro da Universidade de Recife, o escritor decide mergulhar no centro histórico e a narrar a liberdade sexual que pulsava naquele momento da sociedade brasileira como um todo. Os textos deram origem ao livro “Orgia – Os Diários de Tulio Carella”. A obra LGBTQIA+ é uma peça rara da literatura.
Quatro anos depois de lançar seu último álbum de músicas inéditas, Johnny Hooker volta à cena resgatando a efervescência política da antiga Recife. Baseado nas crônicas de Carella, ele lança seu novo disco em novembro, que vai refletir sobre o amor e o sexo dentro do contexto político opressor por qual o Brasil passa novamente. Mas, antes, ele libera uma prévia do novo projeto com o single “Amante de Aluguel” no dia 20 de setembro, às 20h, em todos os tocadores digitais e com clipe disponível no YouTube no dia seguinte, às 18h.
Mais atualizado que nunca, Johnny resgata a brasilidade do seu som com o pé mais fincado no pop. A música tem base e temática tradicionais do brega, relatando uma transa em que um se doou mais que o outro: “Te dei meu amor / Que pena, pra você foi uma foda e acabou / Perdeu meu prazer / Mereço muito mais do que ‘cê pode oferecer”. E o refrão marcado e fácil, mas ainda assim denso, eleva Johnny ao posto de diva do pop nacional à altura de Anitta ou Pablo Vittar.
Isso porque, no clipe, ele ainda traz uma temática importante ao mesmo tempo em que se joga em coreografias perfeitas para os aplicativos do momento. Com a produção da Lagon Films, Johnny interpreta uma garote de programa que encanta um cara repleto de preconceitos e amarras. Os dois se envolvem e o rapaz deixa aflorar o lado feminino, mesmo sob o julgamento dos amigos. E essa revolução fundamentada no amor - e, sobretudo, no sexo - é o ponta pé inicial da nova etapa da carreira de Johnny Hooker.