Alok lança projeto para restaurar Mata Atlântica com tecnologia e música
- Guilherme Moro
- 29 de mai.
- 2 min de leitura
A Mata Atlântica vai ganhar novas raízes com o lançamento do projeto Floresta Áurea, que pretende restaurar quase 12 hectares (equivalente a 12 campos de futebol) do bioma em áreas degradadas nos municípios de Anhembi e Barra Bonita, no interior de São Paulo, que fazer parte da bacia do Rio Tietê. A ação é resultado de uma parceria entre a SOS Mata Atlântica, o Instituto Alok e marcas como Banco do Brasil, Estrella Galícia, Vivo e Waaw by Alok.

A proposta une reflorestamento com inovação tecnológica: além do plantio de mudas nativas, o projeto vai empregar drones para semeadura direta e monitoramento. A iniciativa acompanha a nova turnê do DJ Alok, que incorpora mensagens de preservação ambiental ao seu espetáculo. Parte do projeto será anunciada durante o show do artista na Arena Pacaembu, em São Paulo, com a participação do grupo Urban Theory e convidados especiais.
— Não há nada mais tecnológico do que a natureza. Minha tour quer levar essa mensagem para todos os lugares. Convidamos as marcas que nos apoiam a também assumirem esse compromisso com a restauração dos biomas — afirma Alok.
Plantio com propósito
As ações da Floresta Áurea serão realizadas em dois territórios. Na bacia hidrográfica do médio Tietê, serão recuperados 7,4 hectares de Áreas de Preservação Permanente (APPs), com o plantio de 18.500 mudas em locais hoje dominados por gramíneas invasoras. Já na Estação Ecológica do Barreiro Rico, serão restaurados 4 hectares por meio de semeadura direta com drones, método experimental que pode reduzir os custos de reflorestamento no futuro.
— O projeto atuará em municípios onde restam menos de 2% da cobertura original da Mata Atlântica. Além de recuperar a vegetação, estamos incorporando inovação tecnológica com uso de drones, o que é promissor para escala e eficiência — explica Rafael Bitante Fernandes, gerente de restauração florestal da SOS Mata Atlântica.
Compromisso com o futuro
O Instituto Alok, fundado em 2020, já realiza projetos de reflorestamento na Amazônia e na Mata de Araucárias, em Santa Catarina. A parceria com a SOS Mata Atlântica, referência em conservação do bioma desde 1986, reforça o compromisso do artista com causas socioambientais.
O projeto integra o programa Florestas do Futuro, que une sociedade civil, poder público e iniciativa privada para restaurar áreas nativas da Mata Atlântica, bioma que abastece cerca de 70% da população brasileira com recursos hídricos e serviços ambientais essenciais.