Depois da série de irregularidades apontadas em inquérito do Ministério Público de São Paulo (MPSP) acerca de eventuais abusos na venda de ingressos para os shows da cantora Taylor Swift no Brasil, em junho, uma startup recém-chegada ao mercado promete segurança na venda de tíquetes, atrelada a um sistema para fidelização de clientes.
A plataforma prevê o uso de blockchain e inteligência artificial para rastrear ingressos, tornando-os únicos e identificáveis. Também oferece um clube de benefícios com premium cards, descontos e sistemas de pontuação para frequentadores de festas e shows, além de acesso a áreas vip e experiências especiais no evento. Com esse formato, a expectativa é que todos os envolvidos na organização de um evento tenham um ganho de até 30% em receita. O pacote de inovações foi desenvolvido pela startup BTIX, que promete entregar o primeiro produto com tecnologia web 3.0 no próximo dia 21/07, na festa de música eletrônica Red Room, em Belo Horizonte (MG). Na ocasião, lançará o Red Room Club, com um card que oferece benefícios exclusivos para os super fãs do evento. O próximo passo, segundo a empresa, é estender o ingresso seguro para todas as entradas de eventos, o que vai ocorrer no segundo semestre.
De acordo com um dos fundadores da empresa, Guilherme Flarys, a BTIX surge para sanar os desafios de um mercado em que ingressos são facilmente falsificados e cambistas podem faturar entre 40% e 50% do valor do ingresso, em média, podendo chegar a 7.000%, em casos extremos, segundo estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD).
A solução da BTIX faz do ingresso um item digital único, identificável e insubstituível, registrado na blockchain, uma espécie de banco de dados descentralizado que fundamenta a nova internet ou web 3.0. O diferencial é que o ingresso passa a ser seguro e pode ser identificado em toda a sua cadeia, desde a produção até o acesso ao evento, possibilitando saber quantas vezes foi repassado, por quais valores e quem é o seu portador final. “Isso evita fraudes, venda com valores abusivos e o risco de o comprador ser enganado e não conseguir entrar no evento por ter comprado um tíquete falso”, afirma Guilherme.
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