No show a cantora e compositora apresenta em formato voz e violão um breve recorte da história do samba, desde o seu nascimento até os dias de hoje, trazendo canções emblemáticas do gênero em novos arranjos e abordando também algumas intersecções do samba com outros ritmos da música brasileira como o maxixe, o ijexá e o baião. O show inclui em seu repertório também algumas canções autorais da artista e traz como convidada especial a percussionista Flávia Hafisa.
Quando a voz e as seis cordas do violão são os únicos recursos disponíveis para o músico ou musicista tocar uma canção, é necessário que a criatividade na execução aflore de forma intuitiva durante toda performance. Grandes mestres deste formato atestam: cada show torna-se único na medida em que haja espaço para a liberdade criativa do artista.
A elaboração prévia dos arranjos e a precisão nos mais tortuosos desenhos melódicos pela voz, quando aliados à espontaneidade criativa tornam cativante a experiência contemplativa da plateia, mesmo que no palco haja apenas uma artista, um banquinho e um violão.
Assim é o show Samba de bolso
Harmônico como o piano, mas com a vantagem de ser portátil, o violão amparou as composições de sambistas no cenário da boemia desde o surgimento, e a partir dos anos 50, os baianos Dorival Caymmi e João Gilberto revolucionaram a maneira de harmonizar e acompanhar ritmicamente ao violão, este que assumiu o protagonismo na história do samba e da música brasileira.
Neste show, Flora Reyes faz um recorte de canções relevantes na história do samba, com ênfase em sua relação com a evolução do violão brasileiro e em nossa forma genuína de fazer voz e violão. Alicerçado pela espontaneidade criativa e pela suavidade do timbre de voz, o show convida o público a participar ativamente do começo ao fim, celebrando o samba enquanto manifestação cultural brasileira.