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Foto do escritorGuilherme Moro

Sesc Pompeia recebe a exposição gratuita 'CIDADELA'


Brincando na intersecção de vários campos artísticos (artes têxteis, teatro, autômatos), CIDADELA CORPO é uma exposição voltada ao público infantil, onde os espectadores-atuantes passeiam por um território composto de casas-corpos, experimentando os limites do visível, do tátil, do audível e do palatável. A instalação teve início no dia 11/10 e permanece até 18/12, domingo, no Sesc Pompeia.



“Cidadela” é um tipo de fortaleza ou fortificação, situada num lugar estratégico, visando a proteção de uma cidade. O projeto, concebido, criado e coordenado pela artista, cenógrafa e figurinista Maria Helou Zuquim, é formado por 15 miniaturas de casas construídas sobre o seu próprio corpo; reunidas, as casas-corpos são dispostas numa pequena fortificação, em formato concêntrico, onde os detalhes de cada objeto atraem a atenção dos visitantes às noções de pluralidade, alteridade, inclusão e cultura de sustentabilidade. Todo o percurso da mostra será guiado pelo som da água, do vento, do pisar na terra e do crepitar do fogo. “O momento em que estamos vivendo evidencia a necessidade de estimular na infância o senso crítico fundamentado nestes conceitos e de fortalecer o potencial transformador da arte e da educação para romper padrões arraigados em nossa sociedade”, comenta a idealizadora.

As casas são estruturadas com metal e bambu recobertos por tecido, utilizando técnicas de modelagem de vestuário para dar a tridimensionalidade ao material. A proposta para o acabamento do interior das casas é de criar uma relação altamente lúdica entre as texturas do corpo e as texturas dos materiais estampados, bordados e costurados. Com portas, janelas e mobiliário, cada casa conta uma história, utilizando recursos de teatro de animação, arte eletrônica e construção de autômatos. As histórias narradas serão acompanhadas por trilha sonora autoral, assinada por Leonardo Martinelli.





“Nossa casa é o corpo que habitamos”: a ideia do corpo como um espaço de diversidade no funcionamento orgânico, subjetivo e social é exteriorizada na construção artística de uma cidade viva e múltipla, que, muito além de passível à contemplação, instiga o criar. A base dos roteiros - criada por Maria Helou Zuquim, Heloisa Pires Lima e Juliana Notari - das casas seguirá a estrutura entrelaçada entre casa, corpo e natureza. Na recepção e na saída do público, estarão: CASA INFÂNCIA (quintal / tato / vento) - distribuindo as sementes e iniciando o enraizamento da exposição - e CASAS MEMÓRIA (janela / olhos / cavernas) - entre monóculos e caleidoscópio, o espectador-atuante poderá abrir os olhos à confecção dos objetos ali expostos.


Segundo Maria Helou Zuquim, “imagina-se que ao entrar em contato com cada detalhe da exposição, toda pensada na escala infantil, as crianças se sintam à vontade para expressar seus próprios olhares sobre seus corpos, desejos e sobre a cidade. E, para isso, o espaço irá proporcionar ainda um momento em que elas possam desenhar e compartilhar esses seus olhares.”


Haverá ainda no local uma oficina ministrada por Maria chamada “Mini-Mundos: construção de espaços”; além desta, “Habitantes: construção de marionetes de vara” (Juliana Notari), “Poemas Mecânico-Visuais” (Eduardo Salzane) e “Vídeo Memória” (Paulo Pereira). Artistas participantes da exposição e equipe do socioeducativo do Sesc Pompeia participarão do ciclo de debates “Território da Infância e a Arte”. Para mais informações, acesse o site do Sesc.


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