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Resenha: Nós, VOZ, Eles - Sandy

Por: Guilherme Moro


Sandy Leah, nacionalmente conhecida pela dupla com seu irmão Junior Lima, lançou o álbum "Nós VOZ Eles", em Novembro de 2018 e, sem sombra de duvidas, é o álbum mais maduro da carreira da cantora. Cheio de participações especiais, ele traz uma Sandy com muitas influências do folk, jazz, blues, soul e música pop. Produzido por Lucas Lima, que também produziu os álbuns anteriores da cantora e fez arranjos para álbuns da banda Fresno, ele conduz muito bem os arranjos e o andamento do disco, além de participar da faixa "Areia", a qual é um dos compositores.

O álbum tem participações especiais em todas as faixas e cada artista participante tem peculiaridades bem diferentes uns dos outros, o que deixa o álbum extremamente eclético, versátil e agradável.


Websérie

O álbum ganhou uma websérie em oito episódios, mostrando o processo de gravação das músicas, ensaios, arranjamentos e concepções das faixas, sendo um episódio para cada faixa do disco. Gravada no estúdio particular de Sandy, na cidade de Campinas - SP, a websérie mostra momentos particulares e o bom clima das gravações do álbum. Ela foi disponibilizada no perfil da cantora no Youtube e já ultrapassa os oito milhões de views, somando os oito episódios.


Faixa a Faixa


No Escuro (com Maria Gadu)

A canção que abre o disco já mostra um amadurecimento musical da cantora, com arranjos voltados para o blues e jazz com presenças marcantes de metais. A voz de Maria Gadu soa muito bem à música, quase sempre fazendo as partes graves que se encaixam perfeitamente aos agudos de Sandy. Com um refrão marcante e um linha de contra-baixo simples e bem feita, a canção com certeza é um dos maiores destaques do disco.


Areia (com Lucas Lima)

“Quer parar o tempo / Natural que seja assim / Ainda eu não te sei de cor / Tem tanto que eu não aprendi”. A letra é uma das mais românticas do álbum, o que não podia ser diferente para ser interpretada por um dueto de cônjuges. A canção se inicia com arranjo de violão simples e bonito e logo se ouve o piano e contra-baixo trazendo a música para uma atmosfera mais grave e crescente, até ela chegar ao refrão com um arranjo de violino extremamente bonito e com um toque muito pessoal de Lucas Lima.


Grito Mudo (com Mateus Asato)

Dizem que menos é mais em determinadas ocasiões e essa canção é a maior prova disso. "Grito Mudo" é uma balada com apenas voz e guitarra, em que a voz, sempre cristalina, de Sandy contrasta muito bem com a guitarra limpa e com reverb de Mateus Asato, de apenas 26 anos e uma experiência em turnês mundiais. Segundo Sandy, a letra é uma das mais especiais do disco.


Pra Me Refazer (com ANAVITÓRIA)

Essa canção é outra balada extremamente bem construída harmonicamente e bem preenchida com cordas e piano. A letra é romântica, como grande parte do repertório do disco. As vozes do duo ANAVITÓRIA merecem destaque pela sincronia e afinação. Com mais de 39 milhões de views no Youtube, a música talvez seja o maior hit do disco.


Um Dia Bom, Um Dia Besta (com Thiaguinho)

O dueto improvável entre Thiaguinho e Sandy é um dos pontos altos do disco e é a canção que mais contém elementos folk. A letra é simples e é de autoria de Sandy, Lucas Lima e Juninho Bill (aquele do Trem da Alegria). A música mostra muito bem o caminho que Sandy decidiu trilhar nesse disco.


Eu Pra Você (com Melim)

É a canção do álbum que mais lembra a Sandy dos tempos de Sandy & Junior. Com uma "pegada" pop, a canção conta com a participação do conjunto carioca Melim. O instrumental é bem parecido com as demais canções do álbum, sempre característico e mantendo a essência que o disco pede.


Meu Disfarce (com Xororó)

O ano era 1987 e a dupla Chitãozinho & Xororó lançara o álbum "Meu Disfarce", pela extinta gravadora Copacabana. 31 anos depois, Sandy resgata a canção que dá título ao disco e grava com seu pai (Xororó), em uma versão extremamente emocionante e que beira a perfeição. O arranjo de violino, feito por Lucas Lima, é algo a se destacar e Xororó fazendo segunda voz é algo incrível, pois não é algo que vemos todos os dias. É o ponto mais alto do álbum.


Eu Só Preciso Ser (com IZA)

Ao lado de "No Escuro", é a música que mais foge do padrão estabelecido no álbum. Com uma letra madura e arranjo bem estruturado, ela tem um solo de guitarra também feito por Mateus Asato, levando a música a um auge e fecha o álbum com grande estilo.


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