No dia 24 de agosto, o cenário do rock independente brasileiro foi impactado pelo lançamento de “Sonhos de Plástico”, o aguardado álbum de estreia de Peter Gabriel Moreira, mais conhecido como Piteco.
O álbum, que combina Rap Rock, Nu Metal e Manguebeat, não apenas marca a chegada de um novo trabalho, mas também se apresenta como uma crítica contundente à sociedade contemporânea. Com letras que exploram temas como a influência do capitalismo nas relações afetivas e a manipulação da essência humana pelas redes sociais, “Sonhos de Plástico” se destaca por sua profundidade e relevância.
O álbum traz uma série de faixas que refletem as vivências pessoais de Piteco e seu olhar atento sobre o mundo ao seu redor. Entre os destaques estão “Olho Aberto”, “Passo Largo”, “O Show da Vida Fake” e a faixa-título “Sonhos de Plástico”. Essas músicas revelam a capacidade do artista de traduzir suas inquietações em letras incisivas e sonoridades que ressoam com a realidade atual.
A produção conta com a colaboração de músicos de renome, como Otávio Madureira (Madu) da banda Machete Bomb, Rafael Bissacot e Bruno Werner, que contribuíram com baterias, teclados, sintetizadores, guitarras e baixos. Além disso, o álbum traz participações especiais de Nego Max, Leyllah Diva Black, Regiane Cordeiro e Altivo Felipe, que adicionam camadas de diversidade e complexidade ao trabalho.
Piteco: Uma trajetória de autodidata na música
Peter Gabriel Moreira, o Piteco, nasceu em Belo Horizonte e hoje reside em Botucatu, São Paulo. Aos 41 anos, ele traz uma bagagem musical forjada na independência e na autodidática. Sua jornada na música começou nas rodas de violão e samba organizadas por seus tios, na casa da avó, onde o talento de seu pai e do tio Luiz Moreira, ambos compositores amadores, serviu de inspiração. Aos 10 anos, Piteco começou a tocar violão, e, aos 18, já compunha suas próprias músicas, marcando o início de uma trajetória que o levaria a explorar diferentes projetos musicais.
Em 2010, Piteco lançou seu primeiro EP, “Plantando Sementes”, e desde então tem se destacado em diversos projetos na cena musical. Em 2013, com o projeto “Seis”, teve a oportunidade de abrir o show dos Mutantes na Virada Cultural Paulista em Botucatu. Posteriormente, fundou a banda “Piteco e Os Cavaleiros do Após-calypso” e integrou o “Sementes Livres HiFi”, sistema de som jamaicano de Botucatu, com o qual lançou singles e o EP “Tome Cuidado” em 2022.