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Os Mineiros encerram turnê com show em Ribeirão Preto

Foto do escritor: Guilherme MoroGuilherme Moro

Minas Gerais sempre presenteou o Brasil com grandes artistas, independentemente do período ou década que analisarmos. Acompanhar três nomes da música mineira, sendo dois deles ligados a um dos maiores movimentos musicais da história, em uma única apresentação, é uma dádiva. No último sábado, Ribeirão Preto recebeu o último show da turnê Mineiros, que une Flávio Venturini, Beto Guedes e Lô Borges, em três apresentações distintas.



Cada show durou cerca de uma hora. O responsável por ser o anfitrião da noite foi Venturini. O repertório passeou pelos hits do 14 Bis e pela carreira solo do artista. Não faltaram os sucessos "Planeta Sonho", "Azul da Cor do Mar", "Espanhola" e "Linda Juventude". Deu tempo de Flávio contar uma passagem com Renato Russo. Ele explicou que estava compondo uma música no piano, que só tinha a melodia pronta. O vocalista da Legião Urbana tinha acabado de entrar na gravadora e ficou observando Venturini no estúdio e afirmou ter uma letra perfeita para a música que estava sendo tocada. Foi então que ele entoou os versos do que se tornaria "Mais Uma Vez". Entre uma música e outra, Venturini relembrou sua relação com Ribeirão. Ele disse que vem à cidade desde os tempos do grupo O Terço, na década de 1970, frequenta a cidade e se considera um ribeirão-pretano. Após 15 minutos de pausa, Lô Borges subiu ao palco esbanjando carisma. Ele interagiu com o público do início da apresentação até o fim. O artista abriu seu bloco com "O Trem Azul", um sucesso atemporal do Clube da Esquina. O show seguiu com "Um Girassol da Cor de Seu Cabelo" e "Dois Rios", parceria de Lô, Samuel Rosa e Nando Reis. Lô Borges interagiu muito com o público, arrancou risadas e até reclamou, de forma bem-humorada, de um "quebra-molas" que estava em cima do palco. O músico tocou duas músicas de seu último álbum, "Não Me Espere na Estação", lançado no ano passado. Ele agradeceu a paciência do público em ouvir suas novas canções e, novamente, com muito bom humor, disse que voltaria para o Clube da Esquina para que não ficassem bravos com ele.


Ao final do seu bloco, ele convidou Flávio Venturnini e Beto Guedes para subirem ao palco e cantarem uma música juntos. Foi a única vez durante o show que eles se uniram. Já passava das 23h quando Beto Guedes subiu ao palco para fechar com chave de ouro o evento, emocionando o público com um repertório repleto de clássicos de sua carreira solo. Com sua presença marcante e voz inconfundível, ele revisitou sucessos que atravessam gerações, como "Sol de Primavera" ,"Amor de Índio" e "O Sal da Terra" ,


O cenário intimista e as luzes realizaram a atmosfera perfeita para um show que foi recheado de nostalgia. A cada acorde, Beto Guedes conduzia o público por uma viagem musical, relembrando o legado do Clube da Esquina e reafirmando a atemporalidade de sua obra. Foi um encerramento emocionante.

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