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Marcos Maynard divulga documento que comprova sua inocência em caso de fraude na EMI

  • Foto do escritor: Guilherme Moro
    Guilherme Moro
  • 23 de out.
  • 2 min de leitura

19 anos após ser afastado da presidência da EMI Music Brasil por suspeita de envolvimento em uma fraude contábil, o executivo Marcos Maynard divulgou em suas redes sociais um documento que reconhece sua inocência e a injustiça da demissão por justa causa.


A publicação foi feita em cumprimento a uma decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST) de fevereiro desta ano, que confirmou que Maynard não teve participação nas irregularidades financeiras que motivaram sua dispensa em 2006. O comunicado da EMI, divulgado nesta semana, declara que a Justiça do Trabalho “entendeu como injusta a dispensa do Sr. Marcos Macedo Maynard e reconheceu a ausência de sua participação nas manobras contábeis envolvendo a EMI Brasil veiculadas na mídia em outubro de 2006”.



Em 2006, a EMI, então uma das maiores gravadoras do mundo, anunciou a abertura de uma investigação interna após identificar fraudes nos resultados financeiros da subsidiária brasileira, comandada à época por Marcos Maynard.


Segundo reportagens publicadas naquele ano, as inconsistências teriam inflado artificialmente as vendas no Brasil, resultando em um impacto de até 12 milhões de libras (cerca de R$ 48 milhões) nos números globais do grupo.


Marcos Maynard em entrevista ao podcast Corredor 5
Marcos Maynard em entrevista ao podcast Corredor 5

A empresa comunicou à matriz, em Londres, que havia encontrado “sérias inconsistências nos registros contábeis e resultados financeiros” atribuídas ao diretor vice-presidente financeiro e comercial. O então presidente, Maynard, foi desligado por correspondência, acusado de negligência por não ter reportado as movimentações irregulares.


A EMI alegou que o episódio provocou prejuízos no Brasil e no exterior, incluindo repercussões nas ações do grupo na Bolsa de Valores de Londres.


A reversão da justa causa


A disputa judicial teve início logo após a demissão. Neste ano, a 68ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro reverteu a justa causa, entendendo que o presidente não poderia ser responsabilizado pelas irregularidades cometidas por outro executivo. A sentença também determinou que a EMI, hoje representada pela Universal Music, publicasse uma retratação em jornais de grande circulação,


A primeira decisão previa um multa de R$ 1 milhão a Maynard. Mas o TST entendeu que não houve danos morais comprovados.


Maynard, que é músico, advogado e administrador de empresas, construiu uma carreira sólida no mercado fonográfico brasileiro, tendo presidido a Polygram, a Abril Music, além da EMI.


O fim da EMI e o contexto da época


O escândalo de 2006 ocorreu em meio a uma fase turbulenta para a indústria, que enfrentava queda nas vendas de CDs e reestruturações internas devido à transição para o mercado digital. A empresa, que detinha catálogos históricos de artistas como The Beatles, Queen e Pink Floyd, acabou sendo vendida em 2012, quando a Universal Music Group adquiriu seu acervo fonográfico e a Sony/ATV ficou com o braço editorial.


 
 
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