Em mais um projeto especial parte do EP Cinemúsicas, Vol. 1, Marcelo Segreto recebe Paulo Miklos no videoclipe da faixa “Uma Vista da Baía de Guanabara”. A canção é uma composição de Segreto inspirada pelo primeiro filme realizado no Brasil e dedicada a seu tio-tataravô, Affonso Segreto, cineasta que captou as imagens em 1898.
“Esta é uma canção muito especial para mim. Ela tem o mesmo nome do primeiro filme realizado no Brasil, Uma vista da Baía de Guanabara, filmado pelo Affonso Segreto, meu tio-tataravô. Ao chegar ao Brasil de uma viagem à Europa no dia 19 de junho de 1898, filmou, do navio, a Baía de Guanabara no Rio de Janeiro. Esta data passou a ser posteriormente considerada o Dia do Cinema Brasileiro. O filme infelizmente não existe mais. Mas, desde criança, escutando as histórias contadas por meu avô sobre o filme e sobre os irmãos Segreto (pioneiros do cinema brasileiro no Rio de Janeiro na virada do século XIX para o século XX), sempre fiquei imaginando como seriam essas imagens”, conta Marcelo Segreto.
Para o videoclipe, foram utilizados arquivos históricos de outros momentos similares para criar fotomontagens com cenas de Segreto e Miklos interpretando a canção. O músico destaca e celebra essa participação de Paulo Miklos, que, além de grande cantor e compositor, é um importante ator do cinema brasileiro, deixando tudo ainda mais especial. Segreto também conta que convidou Thiago Ricarte para realizar o vídeo e que ficou emocionado ao receber o primeiro corte.
“O clipe, que é uma linda homenagem aos primórdios do cinema brasileiro, me deu também a sensação de que eu estava assistindo os filmes do Affonso Segreto, além de me surpreender ao vê-lo em movimento em uma das cenas. Achei muito bonita e delicada a maneira como o Ricarte usou recursos de inteligência artificial neste videoclipe, o que é igualmente interessante uma vez que são recursos muito novos usados para homenagear o filme mais antigo”, completa o cantor sobre “Uma Vista da Baía de Guanabara”, uma faixa comovente que conta com produção musical de Tó Brandileone e direção musical de Marcus Preto.