Após nos introduzir ao surrealismo de "Quem Ficou, Rancor?", Luiz Amargo chega com "São Pop", poema de Leonardo Chagas musicado pelo cantor, compositor e parceiro de amargores. Último single antes do álbum "Amor de Mula", “São Pop” chega acompanhado por clipe rodado em película 16 mm no dia 26 de junho, quarta-feira.
"Entrei em contato com o Leo Chagas lá em 2019, pedindo para musicar ‘São Pop’ assim que li o poema. Em 2021, a música voltou para minha vida e decidi lançar. Já havia apresentado ao público em shows e a recepção era muito positiva, o que me incentivou ainda mais", conta Luiz. O arranjo e a produção (em colaboração com Gabriel Assad) ficaram por conta do próprio artista, com violão e figura rítmica característicos da música popular brasileira - por onde Amargo sempre trafega - complementados por guitarras de Rodrigo Passos e pelas batidas indie-electro-pop de Luca Acquaviva, a linha de baixo marcante executada por Rick Chen, a flauta final de Gabriel Assad e um refrão com curiosas aberturas de vozes do cantor e de Bel Aurora, que também assina o piano elétrico da faixa.
Já o clipe, dirigido por Gabriel Socorro Mendes, materializa um sonho que Luiz Amargo teve, onde "estava com alguém no Rio de Janeiro e nos vimos perseguidos por criaturas fantasiosas, tendo que fugir e nos esconder". A adaptação audiovisual de "São Pop” resultou em um thriller que apresenta um casal anacrônico e caricato, representado por Luiz e Morena Marconi, que passeia pelo Rio de Janeiro. O idílio desses personagens é interrompido quando começam a ser perseguidos pela própria câmera - ou seus fantasmas. A perseguição vai até o limite - que sabemos, pode ser bastante inesperado.
Mesclando estética noir e cinema marginal, com “câmera na mão e geleia na cabeça”, nas palavras de Amargo, o clipe é fruto da atuação coletiva da equipe. "Quando conheci o João Rubio, diretor de fotografia e entusiasta do formato 16mm, nossas ideias foram se complementando, percebi que esse era o formato ideal para o clipe. Gabriel e Morena me ajudaram a pensar no conceito e a entender quais significados essa câmera perseguidora poderia ter. O figurino de Shiô Shiozuka e a direção de arte de Taline Caetano dão o tom de deslocamento temporal desses personagens, com destaque para a peruca loira da atriz Morena. Foi muito divertido fazer esse clipe cheio de improviso e trabalho coletivo, que traz pra imagem a poesia, já bastante visual, do Chagas, que além de autor do poema, também co-produziu o clipe".
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