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Foto do escritorGuilherme Moro

EP 'Intersecções' da violonista e compositora Laura Campanér mistura estilos na viola instrumental

Conciliando opostos através da viola de 10 cordas, o EP Intersecções revela em seu nome o desejo da compositora Laura Campanér em aproximar estilos musicais diferentes.

Inspirada pela operação matemática dos conjuntos, Laura apresenta o encontro de duas vertentes distintas, unidas pelo instrumento. O resultado são quatro músicas autorais dispostas em dois pares, que Laura interpreta mostrando a intersecção dos estilos e suas características.



Conciliando opostos através da viola de 10 cordas, o EP Intersecções revela em seu nome o desejo da compositora Laura Campanér em aproximar estilos musicais diferentes.

Inspirada pela operação matemática dos conjuntos, Laura apresenta o encontro de duas vertentes distintas, unidas pelo instrumento. O resultado são quatro músicas autorais dispostas em dois pares, que Laura interpreta mostrando a intersecção dos estilos e suas características.


Por um lado, a vertente erudita, baseada na forma musical e na performance instrumental. Por outro, a música regional e suas singularidades, com sabor de cultura popular. São dois caminhos que a compositora trilhou em sua carreira como instrumentista, juntos agora em harmonia.


Do lado erudito temos Voz da Floresta, abrindo o trabalho com a força da Floresta Amazônica que, segundo a autora, serviu de Musa para compor o tema. Num clima denso, talvez representando a exuberância do verde, a música evoca a voz da floresta como um Ser Vivo, mítico. Traz ainda o canto do uirapuru em diálogo com a viola, e a voz de Laura que surge inesperadamente, num tom emocionado, como se fosse a floresta pedindo atenção.


Aboio Violado flui pelo mesmo caminho de linguagem, estruturando o tema num ritmo que vai e vem. Nessa melodia triste em escala nordestina, a autora parece buscar em sua viola a lembrança do aboio entoado pelos vaqueiros, quando conduzem a boiada.


A terceira faixa, Acorda Viola, 'abre a porteira' da música regional no trabalho. O tema chega aos ouvidos como uma daquelas trilhas sonoras típicas de um programa matinal de música caipira. É uma música solar, que soa clara e bem disposta como quem acorda com o dia amanhecendo.


Por fim, e na mesma paragem, o tema Ponteio ao Cair da Tarde fecha o EP, com uma melodia que nos faz viajar para um pôr do sol imaginário onde, num vislumbre, podemos ver a figura de Laura tocando os ponteios típicos da viola, mostrando seu domínio do instrumento.


Por um lado, a vertente erudita, baseada na forma musical e na performance instrumental. Por outro, a música regional e suas singularidades, com sabor de cultura popular. São dois caminhos que a compositora trilhou em sua carreira como instrumentista, juntos agora em harmonia.


Do lado erudito temos Voz da Floresta, abrindo o trabalho com a força da Floresta Amazônica que, segundo a autora, serviu de Musa para compor o tema. Num clima denso, talvez representando a exuberância do verde, a música evoca a voz da floresta como um Ser Vivo, mítico. Traz ainda o canto do uirapuru em diálogo com a viola, e a voz de Laura que surge inesperadamente, num tom emocionado, como se fosse a floresta pedindo atenção.


Aboio Violado flui pelo mesmo caminho de linguagem, estruturando o tema num ritmo que vai e vem. Nessa melodia triste em escala nordestina, a autora parece buscar em sua viola a lembrança do aboio entoado pelos vaqueiros, quando conduzem a boiada.


A terceira faixa, Acorda Viola, 'abre a porteira' da música regional no trabalho. O tema chega aos ouvidos como uma daquelas trilhas sonoras típicas de um programa matinal de música caipira. É uma música solar, que soa clara e bem disposta como quem acorda com o dia amanhecendo.


Por fim, e na mesma paragem, o tema Ponteio ao Cair da Tarde fecha o EP, com uma melodia que nos faz viajar para um pôr do sol imaginário onde, num vislumbre, podemos ver a figura de Laura tocando os ponteios típicos da viola, mostrando seu domínio do instrumento.

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