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  • Foto do escritorGuilherme Moro

Entrevista: The Bombers cantam dores do "novo mundo" em álbum que será lançado no mês de outubro

Uma das bandas de punk rock mais longevas do Brasil atende-se é a The Bombers, formada em Santos no distante ano de 1995. Importantes e ativos na cena até hoje, o grupo lançou no último dia 13 o single "O Fantasma", que antecede o próximo álbum de estúdio da banda com previsão de lançamento para o próximo mês.



A nova música aborda a invisibilidade das grandes cidades e a saúde mental das pessoas, temas considerados mais densos e maduros para o repertório da banda.


"De certa forma é uma música que representa o clima do disco. Eu comentei com alguns amigos que esse era um disco mais amargo do Bombers, com relação às letras. Eu quis abraçar um pouco mais a minha maturidade e deixar um pouco de lado aquela coisa de ter que ser uma banda de rock com espírito jovem e falar sempre sobre coisas divertidas, amor ou política. Tentamos abordar a raiz do que pra mim é o grande mal da nossa geração: a saúde mental", diz o vocalista Matheus Krempel.


O videoclipe da faixa é extremamente interessante e foi feito por um coletivo de amigos e captado na estação de metrô Marechal Deodoro em São Paulo.



Com 27 anos de uma estrada muito bem traçada na história do rock brasileiro, o grupo busca uma nova fase e com sangue nos olhos para atingir um outro tipo de público.


"Eu acho que o que faz o Bombers existir é ter esse anseio de estar sempre se reinventando. Esse é um disco feito para envenlhecer com o nosso público. Compomos para pessoas que estão na faixa dos 30 aos 50 anos. São essas pessoas que vão entender o que estamos falando. O grande barato pra gente é sempre esse prazer de tentar surpreender o ouvinte a cada disco", afirma Krempel.


A diferença não está somente nas letras e na linguagem do grupo que se popularizou cantando músicas em inglês. Até mesmo o som dos Bombers está diferente, estranhando até mesmo os ouvidos mais acostumados com a sonoridade da banda.


Foto: André Zampieri

"É uma música diferente. Tem uma guitarra mais arrastada e é uma letra em português. Essa faixa causa uma estranheza e queríamos mostrar o espírito do disco. Queríamos que as pessoas se surpreendessem com a proposta. As pessoas vieram comentar e disseram que estamos fazendo muito bem a transição do inglês para o português. A repercussão está sendo ótima".


Uma banda de rock com tantos anos de estrada, não pode se contentar em fazer o mais do mesmo. É isso que os Bombers então fazendo, ainda mais lançando um álbum em um momento em que as redes sociais tomaram conta de todas as formas de publicidade existentes, inclusive na área musical.


"Estamos nos adaptando com a divulgação nas redes sociais. Somos uma banda da época do flyer, de sair com uma fita cassete e distribuir para os amigos. Nós divulgavamos os shows colando cartazes nos postes. É um processo natural. Da mesma forma que o nosso som tem que evoluir, acho que temos que acompanhar as mudanças do mundo. Tentamos trabalhar isso da melhor maneira possível. A internet é um local de estabelecer contatos", enfatiza o vocalista.

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