Entrevista: Simão fala sobre o processo de gravação do EP "Casa do Rio"
- Guilherme Moro
- 15 de set. de 2021
- 2 min de leitura
Sabe aqueles dias que precisamos olhar para dentro e assumir nossas confusões, inseguranças, acertos e, principalmente, erros para poder seguir em frente? Este dia chegou para o cantor catarinense “Simão”, que surpreende com um lançamento intenso e, ao mesmo tempo, sensível com a canção “Me Perdoa”.

“Me Perdoa” faz parte do EP “Casa do Rio” O projeto leva este nome porque foi composto completamente em um retiro musical de Simão com os amigos e os produtores Schirmer e GianLucca.
"Nesse EP, eu e dois produtores fomos pra uma casa e ficamos fazendo música, produzindo, sem nos preocuparmos com nada, só gravando. Foi um processo muito legal. Acho que se não fosse a pandemia esse projeto não teria rolado", contou.
Em um clima mais intenso do que costumamos ver Simão, ele reflete na música sobre seus medos, conflitos internos, relações sociais, julgamentos e até mesmo entre o certo e o errado, que são assumidos em uma súplica: "se cometi pecado me perdoa Deus. Me perdoa Deus, eu sempre fui culpado".
“Essa música foi feita na casa. O processo criativo foi bem natural. Eu lembro que o GianLucca pegou um violão e começou a fazer uma harmonia, depois eu já vim com a letra, mas não foi nada no sentido de vivência. Foi um história criada ali, sobre perdão, sobre um cara que estava ali e viu que errou em diversas coisas. Eu sempre gosto de escrever coisas que um dia as pessoas viveram. Acho que isso faz com o que a pessoa escute e se sinta representada. Foi algo criado na casa e feito pro mundo”.
Apaixonado por música, Simão já é conhecido nos bares e festas de Santa Catarina, pelo seu timbre de voz doce e marcante e suas composições serenas. Agora, o artista quer levar seu trabalho e som irreverente para todo o Brasil. Em toda sua carreira, o artista lançou somente singles e completa um EP ainda neste mês. Perguntado se pretende lançar um álbum completo, ele disse:
“O mercado mudou muito. Não sei se vale a pena lançar um álbum em um momento de crescimento, onde está se formando um público. Acho um desperdício e um desrespeito com as músicas, porque são trabalhadas duas ou três e as outras são deixadas de lado”.
Compositor de mão cheia, Simão já carrega grandes parcerias na música, tendo composto com nomes como Atitude 67 e Vitor Kley, que além de amigo íntimo, tornou-se o padrinho musical do artista.
Com a retomada dos shows, Simão espera voltar a fazer o que mais ama: tocar e trocar energia.
“Eu optei por tocar só com banda, mas por uma estratégia própria. As pessoas estão mais contidas, ao contrário do que era antes. Estou muito feliz em voltar, era uma parada que me fazia falta. Espero que volte logo e sem preocupação como era antigamente. Todo mundo sente falta de um evento e uma parada massa”.