Representando muito bem a voz feminina no samba e no pagode, Rafa Laranja vem conquistando o público com seu talento, autenticidade e carisma. Recentemente, ela lançou o álbum “Rafa Laranja Acústico", com músicas que destacam sua versatilidade como artista.
"É uma nova fase da minha carreira. Com o acústico, a linguagem do mercado, entrando no pagode, que também foi uma descoberta incrível, e toda uma mudança de visual. Antes eu era um pouquinho mais normal (risos). Me desconstrui em algumas coisas, quebrei algumas crenças limitantes da minha vida e me abri para um mundo novo", afirma a cantora.
Nesse projeto, Rafa traz releituras de clássicos do samba e do pagode com sua identidade e novos arranjos. Interpretando hits que estouraram na voz de outros artistas, ela escolheu um repertório de sucessos que fazem seu coração acelerar como: “Não Tô Nem Aí” (Fundo de Quintal), “Sonhos” (Reinaldo), “Desejo de Amar” (Eliana de Lima), “Desengano” (Boka Loka), “Já Tentei” (Exaltasamba) e "Agamamou" (Art Popular). Além disso, trouxe no repertório a música inédita "Pra cá, Pra lá" e a música "Pra não Queimar a Largada", esta última escolhida como sua música de trabalho para celebrar essa nova etapa. Seja pelo recado da letra, que fala do empoderamento feminino e para a rapaziada se ligar que os tempos mudaram, em versos como: “A mulher moderna é independente, pensa para frente, não cai no papo de qualquer mané. É olho por olho, dente por dente, se liga, gente! Agora quem comanda é a mulher. Alô rapaziada, toma cuidado para não queimar a largada”, ou pela melodia de um belo partido alto que contagia".
"Eu me considero uma intérprete. Me arrisco a compor algumas coisas, mas é algo que se iniciou de alguns anos para cá. Confesso que não é o meu forte. Estou desenvolvendo meu lado compositora. Sou apaixonada pelo samba e pelo pagode e agora, depois de tanto tempo, eu comecei a ter um olhar mais focado no mercado. É nesse momento que a Rafa traz no trabalho uma linguagem mais atual", afirma.
Rafa Laranja vem conquistando o seu espaço no mundo do samba e do pagode com uma voz marcante, cheia de personalidade e alegria. Com um carisma contagiante e na companhia inseparável do seu pandeiro, completou recentemente 15 anos de carreira. Nascida em Santos, a música sempre esteve presente na sua vida. Aos 07 anos começou a ter aulas de piano e, aos 14, ingressou na Escola da Música, onde concluiu o curso de formação vogal popular e lírica.
Ao longo de sua trajetória, o amor pela arte a fez trocar a advocacia pela música, e traz no seu currículo experiências importantes que vão desde cruzeiro japonês a tributo a Elis Regina, passando por teatros, festivais, viradas culturais e Sescs que a ajudaram a encontrar seu estilo e identidade. Nessa caminhada, dividiu palcos com grandes nomes da música. Uma estrada que trouxe amadurecimento e preparo para seu crescimento artístico.
"Minha carreira aconteceu naturalmente. Desde muito novinha eu cantava, porque nasci em uma família muito musical. Nasci em um ambiente onde eu ouvia muita musica, Passei a frequentar muitas rodas de chorro e de samba e foi então que fui descobrindo toda a minha paixão pela música".
Ela também falou sobre suas as dificuldades em se encaixar na proposta artística que o mercado musical aceita:
"Nós artistas, somos muito românticos. Geralmente, vivemos em uma bolha. Nós gostamos de arte, mas precisar entender que existe um mercado, é uma empresa de fato. Você precisa vender sua música como um comércio".
Por fim, Laranja, que está se apresentando em muitos locais do Brasil, falou sobre as voltas dos shows.
A volta está sendo incrível. Fomos os primeiros a parar e os últimos a voltar. Esse retorno é maravilhoso e vimos o quanto a música alimenta nossa alma. Paramos de trabalhar entre aspas. Conseguimos levar amor e acalanto para as pessoas que precisavam durante esse período.
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