O Angra é uma daquelas bandas que ainda hoje, msmo depois de tanto tempo de estrada, conseguem criar grandes expectativas em torno de um lançamento de um novo álbum. Com "Cycles Of Pain" não é diferente, já que o décimo trabalho de estúdio do grupo foi muito aguardado pelos fãs, sedentos por acompanhar o segundo disco da atual formação.
O novo álbum é, sem dúvida, um marco na carreira da banda e uma afirmação de sua relevância contínua no cenário do heavy metal brasileiro. Com uma expectativa crescente em torno do lançamento deste décimo trabalho de estúdio, o Angra cumpriu as promessas e ofereceu aos fãs um álbum que não apenas atendeu às expectativas, mas como superou.
Uma das características mais notáveis deste álbum é a maturidade musical demonstrada pela banda. A formação atual do grupo realmente brilha neste trabalho, demonstrando uma química musical excepcional. "Cycles Of Pain" mostra que a banda não apenas se reinventou, mas também honra sua longa trajetória. Os músicos exibem uma maestria técnica impressionante e uma compreensão profunda do gênero, resultando em um som pesado e sonoro que é a assinatura do Angra.
Fabio Lione e Amanda Somerville surpreendem os ouvintes com um dueto sinfônico e teatral que incorpora elementos operísticos, adicionando uma dimensão épica à música. Bruno Valverde, com seus blast beats pesadíssimos, injeta uma dose de intensidade que cativa os amantes do metal extremo.
O álbum não se limita apenas a ser uma coleção de músicas, mas também narra uma história coesa que mantém os ouvintes envolvidos do início ao fim. A qualidade das letras e das composições é excepcional, refletindo a dedicação e o respeito da banda por sua própria história. É uma obra que evoca uma sensação de respeito ao passado e, ao mesmo tempo, aponta para o futuro.
Em "Cycles Of Pain", a banda equilibra habilmente a obsessão e a melodia, criando uma atmosfera emocionante que cativa os ouvintes. A voz de Fabio Liona é o destaque, sem sombra de dúvidas, com uma força impressionante, elevando a música aos níveis emocionais. As faixas de variação de riffs podem ter passagens mais sutis, criando uma experiência auditiva diversificada e rica.
O disco reafirma a vitalidade da banda e sua capacidade de se reinventar, entregando música de alta qualidade que certamente agradará tanto aos fãs de longa data quanto aos novos ouvintes. É um testemunho de paixão e comprometimento do contínuo do Angra com a criação de música poderosa e emocional.