Foram quase dois anos de trabalho para que Andrezza Santos fosse da concepção à finalização de EUTRÓPICA, o segundo álbum de estúdio da cantora e compositora paulistana-baiana, como ela diz sobre suas raízes na cidade de São Paulo e do destino traçado com o interior da Bahia, origem de sua família e onde reside atualmente.
Dividido como uma trilogia, EUTRÓPICA oferece diversas nuances e climas: caótico e pesado, como no primeiro EP Sapopemba, calmo e contemplativo no EP Carranca, solar e dançante no EP final Atlântica. O elo entre as três partes é a simbiose musical de tantos Brasis que coexistem no Brasil e a vasta herança da música nordestina, experimentada por Andrezza através do xote, ciranda, axé, samba de coco e brega funk, sem deixar de fora sua grande inspiração no rock e um dedinho a mais de peso na guitarra.
A afinidade pelas seis cordas é o que salta à vista em “Vênus em Gêmeos”, faixa-bônus lançada como single e que encerra EUTRÓPICA, agora já disponível como álbum completo nas plataformas de streaming. Nesta inédita, Andrezza se rende à uma autêntica rock ballad passional, estimulada pela tríade “intensidade, altura e timbre” que marca toda boa canção de amor.
O processo do disco EUTRÓPICA contou com a colaboração de alguns nomes na coprodução, um deles é Iago Guimarães, músico e produtor que desenvolveu as composições e arranjos em parceria com Andrezza em todo o álbum. Iago conta que a produção foi fácil e fluiu com naturalidade: “Andrezza é talentosa, canta muito bem e isso com certeza facilita bastante o processo. No primeiro EP, tivemos ajuda de Soneca Martins e Ana Karina, e tinha um ar mais paulista, um jeito de produzir com rhodes e elementos mais cosmopolitas e foi muito interessante pensar nas músicas sob essa ótica. Também foi interessante ver como ela canta e interpreta temas mais nordestinos, como na introdução do segundo EP, e como construímos essa segunda parte de maneira que se conectasse com a primeira. Isso foi bem desafiador para nós, ligar o primeiro e segundo EPs. Já em Atlântica, a terceira parte, que é mais dançável e digital, fizemos em um estúdio em Teresina e, de fato, é onde pudemos experimentar mais. Foi muito bom ter o DJ Werson junto, que trouxe outras ideias e outros estilos. Isso tudo, tenho certeza, é o que faz EUTRÓPICA ser essa massa de sons diferentes que se conectam e que é a proposta de Andrezza. O resultado é este disco que tem tudo para agradar os mais diferentes gostos musicais.”